POLÍTICA

Câmara de Jales aprova Moção contra Bolsonaro

Câmara de Jales aprova Moção contra Bolsonaro

Repúdio tem como objetivo confrontar o mote da comemoração do Golpe Militar de 1964

Repúdio tem como objetivo confrontar o mote da comemoração do Golpe Militar de 1964

Publicada há 5 anos

A Câmara de Jales aprovou, na sessão ordinária da última segunda-feira, 08, uma Moção de Repúdio contra o presidente Jair Bolsonaro. A moção, de autoria dos vereadores Tupete e Macetão, foi aprovada por unanimidade, sem que nenhum vereador tivesse utilizado a tribuna para defender Bolsonaro.

Essa foi a segunda moção de repúdio proposta contra o presidente na Câmara de Jales. A primeira, também de autoria de Macetão, foi apresentada logo no início de fevereiro, por conta da extinção do Ministério do Trabalho, mas foi rejeitada pela maioria dos vereadores.

A segunda – essa que foi aprovada na segunda – teve como mote a comemoração do golpe militar de 1964, proposta por Bolsonaro. A moção de Macetão e Tupete diz que a proposta presidencial gerou imediato repúdio de órgãos ligados à defesa dos direitos do cidadão, incluindo a Defensoria Pública da União, que ajuizou ação civil pública para impedir a comemoração.

Câmara jalesense já propôs duas Moções contra o presidente Bolsonaro; uma foi rejeitada e outra aprovada por unanimidade

A Moção cita, também, um comunicado da Procuradoria dos Direitos do Cidadão, segundo o qual, “festejar a ditadura é festejar um regime responsável por graves crimes de violação aos direitos humanos”. O comunicado diz ainda que a iniciativa de Bolsonaro “soa como apologia à prática de atrocidades massivas e, portanto, merece repúdio social e político”.

Macetão e Tupete mencionaram, por fim, alguns números da ditadura militar, que incluem a morte e/ou desaparecimento de pelo menos 464 pessoas e mais de 6.000 casos de tortura.

Em Jales, uma família sepultou simbolicamente o filho – Ruy Carlos Vieira Berbet – desaparecido durante o regime militar, cujo corpo não foi localizado.

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