21% DE PROTEÍNA

Nova cultivar de feijão bate recorde de rendimento

Nova cultivar de feijão bate recorde de rendimento

Produção é de até 4910 kg/há

Produção é de até 4910 kg/há

Publicada há 5 anos

Da Redação

O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) lançou, em Ponta Grossa, uma nova cultivar de feijão preto, a IPR Urutau. Resultante de 12 anos de pesquisa a variedade é a mais rentável das 38 já desenvolvidas pelo Instituto, com potencial produtivo médio de 4910 quilos por hectare. O tempo médio de cozimento é de 19 minutos e o teor de proteína de 21%.

Ao longo de 48 anos o IAPAR já desenvolveu mais de duzentas cultivares de diversos produtos agrícolas. O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, ressaltou o otimismo com os testes de pesquisa. “Este feijão pode ter alto rendimento com custos menores”, enfatiza. 

Uma das criadoras da nova variedade, Dra. Vania Moda Cirino, especialista em melhoramento genético vegetal, afirma que a nova espécie é capaz de produzir até duzentas sacas por alqueire, 50% a mais do que a soja "Com esse produto podemos dar mais condições e desempenho para as famílias rurais”, diz a pesquisadora.  A IPR Urutau supera as melhores variedades de feijão em cerca de 12% e é fruto de um cruzamento feito em 2006 entre quatro variedades buscando ciclo mais curto e resistência a doenças, além da qualidade para o cozimento. Apresenta resistência à ferrugem, oídio e mosaico comum e é moderadamente resistente à antracnose, mancha angular, murcha-de-curto bacterium, crestamento bacteriano comum e murcha de fusário. 

Possui ciclo semiprecoce e, pelo porte ereto, proporciona mais eficiência na operação de colheita, sendo indicada para colheita mecânica. Produz cerca de 14 vagens por planta, com seis sementes pretas de brilho opaco em cada vagem; a massa de mil sementes é de 230 gramas.

 A espécie é indicada para os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul e estuda-se o registro para Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.  A expectativa é que já na safra 19/20 ela estará à disposição dos produtores.


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