SAÚDE

Ação do Conselho de Farmácia de SP em Fernandópolis vai alertar população sobre os riscos da automedicação

Ação do Conselho de Farmácia de SP em Fernandópolis vai alertar população sobre os riscos da automedicação

Farmacêuticos voluntários irão orientar a população sobre os riscos da automedicação e prestar serviços gratuitos

Farmacêuticos voluntários irão orientar a população sobre os riscos da automedicação e prestar serviços gratuitos

Publicada há 4 anos

Uma recente pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses, quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

Para alertar a população sobre a gravidade do problema, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, promove a partir desta semana, a ação "Farmacêutico na Comunidade", em que farmacêuticos voluntários prestarão serviços gratuitos como aferição de pressão arterial, além de orientar sobre formas correta de utilização, efeitos colaterais, interações medicamentosas, descarte correto e muito mais. Em Fernandópolis, a ação será neste sábado, dia 11, das 8h às 12h, na Av. Manoel Marques Rosa, 1075 – Centro. O evento ocorrerá também durante a semana em outras 28 localidades no Estado de São Paulo.

O estudo detectou ainda uma modalidade diferente de automedicação, a partir de medicamentos prescritos. Nesse caso, a pessoa passou pelo profissional da saúde, tem um diagnóstico, recebeu uma receita, mas não usa o medicamento conforme orientado, alterando a dose receitada. Esse comportamento foi relatado pela maioria dos entrevistados (57%), especialmente homens (60%) e jovens de 16 a 24 anos (69%). A principal alteração na posologia foi a redução da dose de pelo menos um dos medicamentos prescritos (37%). O principal motivo alegado foi a sensação de que "o medicamento fez mal" ou "a doença já estava controlada". Para 17%, o motivo que justificou a atitude foi o custo do medicamento - "ele é muito caro".

Também foi observado que 22% dos entrevistados que utilizaram medicamentos nos últimos seis meses tiveram dúvidas, mesmo em relação aos medicamentos prescritos, principalmente no que diz respeito à dose (volume e tempo) e a alguma contraindicação contida na bula. O mais grave é que cerca de um terço dos entrevistados não procurou esclarecer as dúvidas e, desses, a maioria parou de usar o medicamento. Depois do médico, a internet e a bula são as principais fontes de informação para sanar dúvidas relacionadas ao uso de medicamentos. Os farmacêuticos (que prescreveram ou dispensaram o medicamento) foram a quarta fonte mais consultada, tendo sido citados por 6% dos entrevistados.

Familiares, amigos e vizinhos foram citados como os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição nos últimos seis meses (25%), embora 21% dos entrevistados tenham citado as farmácias como a segunda fonte de informação e indicação.

Para o presidente do CRF-SP, Dr. Marcos Machado, a pesquisa dimensiona a gravidade de um problema que já era de conhecimento de todos, a automedicação dos brasileiros. "Não é por acaso que os medicamentos surgem como uma das principais causas de intoxicação no país. É uma cultura que necessita mudar. A população precisa ser orientada que medicamento não é um produto qualquer, seu uso implica em riscos à saúde".

O presidente do CRF-SP destaca ainda que os medicamentos devem ser utilizados quando necessário, na dose correta, no tempo determinado e, de preferência, sempre prescrito por um profissional de saúde habilitado. "Se o medicamento for isento de prescrição ou se a pessoa tem alguma dúvida sobre o uso de medicamentos, o farmacêutico pode e deve ser consultado. Ele é o profissional de saúde mais acessível à população e tem o conhecimento adequado para orientar sobre o uso correto dos medicamentos".

Fonte: Departamento de Comunicação do CRF-SP


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