POLÍTICA

Vereadores cassam mandato de prefeito de Catanduva

Vereadores cassam mandato de prefeito de Catanduva

Ele foi acusado de uso irregular de veículos escolares; placar foi de 10 votos a favor e apenas 3 contrários

Ele foi acusado de uso irregular de veículos escolares; placar foi de 10 votos a favor e apenas 3 contrários

Publicada há 4 anos

O prefeito eleito em 2016 Afonso Macchione-PSB, foi cassado pelos vereadores em sessão ocorrida na tarde da última segunda-feira, 27.

Acusado de ter cometido infração político-administrativa, Macchione perdeu o mandato eletivo após votação que registrou o placar de 10 votos a favor e apenas 3 contrários à cassação. O fato que fundamentou a abertura de uma Comissão Processante foi o uso de veículos escolares para transporte coletivo no final do ano passado e no início de 2019. À época, o município ficou sem empresa concessionária para assumir o serviço dos ônibus circulares. De forma emergencial, motoristas e veículos do transporte escolar foram para ruas sem realizar a cobrança de tarifa para os passageiros.

Macchione em foto de campanha. Prefeito é o primeiro cassado da história de Catanduva

A Comissão Processante foi criada depois da denúncia de um professor aposentado, em fevereiro deste ano. É a primeira vez na história da política de Catanduva que vereadores votaram o pedido de cassação de um prefeito.

Durante o processo, os vereadores ouviram nove testemunhas, entre elas, funcionários públicos. O relatório foi dividido em 10 volumes. Ao todo, são quase 2 mil páginas.

O agora ex-prefeito nega as irregularidades e explica que usou os veículos escolares no período de férias dos alunos para que a população não ficasse sem o transporte coletivo. No entanto, a comissão entendeu que ele não poderia ter feito isso.

Com sua saída assume a vice-prefeita Marta do Espírito Santo Lopes-MDB. A posse estava prevista para a tarde de hoje, quarta-feira, 28.

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