HONESTIDADE

Catador de materiais recicláveis encontra celular em lixeira e devolve na delegacia

Catador de materiais recicláveis encontra celular em lixeira e devolve na delegacia

“Um boletim de ocorrência tinha sido registrado. Fizemos um adendo de devolução. O celular estava impecável”, conta Marcelo Marcondes, dono do aparelho.

“Um boletim de ocorrência tinha sido registrado. Fizemos um adendo de devolução. O celular estava impecável”, conta Marcelo Marcondes, dono do aparelho.

Publicada há 4 anos


Da Redação 

Um catador de matérias recicláveis de 72 anos surpreendeu o radialista Marcelo Marcondes ao encontrar o celular dele avaliado em cerca de R$ 2 mil jogado em uma lixeira e levá-lo para a delegacia da Polícia Civil de Jales.

Marcelo contou que trabalhou toda manhã de sábado, 1º, e foi para a casa arrumar as malas para viajar a Borborema. Com pressa, ele pegou uma pizza que estava na geladeira para comer durante o trajeto.

“Eu coloquei o pedaço de pizza em uma sacola plástica, entrei no carro e pedi para minha mulher dirigir. No meio do caminho, decidimos parar para comer um salgado em um estabelecimento na região central da cidade. Quando eu sai do carro, eu peguei a sacola e joguei no lixo”, afirma.

Sem perceber que havia se enganado e jogado o celular junto com o alimento na lixeira, Marcelo comeu o salgado, saiu do estabelecimento, passou ao lado da lixeira, abasteceu o carro e seguiu viagem.

“Em um determinado momento, eu senti falta do aparelho celular. Eu fiquei desesperado. O aparelho celular é uma extensão do nosso corpo. Eu tenho a mesma linha há 15 anos. Imediatamente, eu voltei até a lixeira porque imaginava que tinha me enganado”, afirma.

Ao chegar no local, o radialista percebeu a presença de um homem perto da lixeira, mas decidiu não abordá-lo. Sem saber o que fazer, o radialista retornou ao imóvel dele.

“Eu voltei para casa para tentar rastreá-lo. No entanto, o aplicativo estava apontando uma rua em que não era possível ele estar. Eu fui até lá, mas não consegui localizá-lo. Então, eu decidir ir viajar e tentar resolver o problema em Borborema”, afirma.

O radialista também contou que se sentiu com tédio sem o celular e que as filhas dele só falavam nisso. Pensando nas alternativas que ainda pareciam possíveis, ele procurou o que poderia fazer na internet e descobriu a existência de aplicativo.

“Eu consegui rastreá-lo no celular da minha esposa por volta das 23h30. Para minha felicidade e espanto, eu percebi que o endereço apontado era exatamente o da delegacia da Polícia Civil. Depois disso, eu consegui dormir tranquilamente”, brinca.

Entrega

Com a certeza que o aparelho celular estava em boas mãos, o radialista acordou na manhã do domingo e ligou para a delegacia, mas o policial que atendeu afirmou que não sabia onde o aparelho estava.

“Quando eu cheguei em Jales novamente, às 16h, eu fui direto para a delegacia. Um boletim de ocorrência tinha sido registrado. Fizemos um adendo de devolução. O celular estava impecável”, conta.

Marcelo Marcondes perguntou quem tinha devolvido o celular ao escrivão e ficou emocionado quando escutou que um catador de recicláveis de 72 anos tinha ido até a delegacia.

“O senhor disse ao escrivão que não queria nada em troca, nenhum tipo de recompensa. Eu ainda não consegui encontrá-lo, mas vou até a casa dele para prestar algum tipo de ajuda e, principalmente, agradecê-lo para atitude”, conta.

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