POLICIAL

Acusadas de obrigar criança a comer arroz cru com óleo serão transferidas para Tremembé

Acusadas de obrigar criança a comer arroz cru com óleo serão transferidas para Tremembé

Presas da Cadeia Pública de Nhandeara teriam ameaçado segurança das acusadas

Presas da Cadeia Pública de Nhandeara teriam ameaçado segurança das acusadas

Publicada há 4 anos

As duas mulheres presas suspeitas de torturar uma criança de oito anos devem ser transferidas para o Presídio Feminino de Tremembé (SP). O caso aconteceu em Bálsamo, na região de São José do Rio Preto.

As duas estão presas temporariamente na cadeia feminina de Nhandeara.

Segundo informações do delegado que cuida do caso, as outras presas não estariam aceitando bem o convívio com elas e, por questão de segurança, decidiram pela transferência.

A transferência deve ocorrer nos próximos dias. Todas as testemunhas já foram ouvidas e a polícia aguarda um exame do IML (Instituto Médico Legal) para complementar uma autorização judicial para acessar o conteúdo dos três telefones celulares apreendidos. 

O CASO

Mão da criança e amiga, além da tortura, gravaram um vídeo. Foto: Arquivo O Extra.net

A Polícia Civil está investigando uma denúncia de tortura contra uma criança de 8 anos em Bálsamo (SP). A agressão teria acontecido no dia 18 de maio, mas o boletim foi registrado nesta quarta-feira (29). Um vídeo mostra o garoto ajoelhado e comendo arroz cru com óleo.

A mãe do menino e uma amiga dela, que fez o vídeo, foram presas, por 30 dias, nesta quinta-feira (30). O boletim foi feito por um conselheiro tutelar, que recebeu as imagens da criança sendo torturada e acionou a polícia.

O boletim diz que o vídeo foi gravado pela própria mulher. Na imagem, a criança é obrigada a ajoelhar em arroz cru, de frente para uma parede, e também a comer arroz cru com óleo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher disse para a conselheira que fez a denúncia porque não aguentava mais ver a criança sendo torturada.

Mas segundo as investigações da polícia, a própria mulher que denunciou fez o vídeo e também a tortura. A mãe viu toda a agressão e não fez nada para impedir, informou a polícia. O conselheiro tutelar disse para a polícia que a mãe confirmou que tinha ciência da agressão.

O delegado classificou o caso como tortura e pediu a prisão da mãe e da mulher. Uma das provas usadas pela Polícia Civil para pedir a prisão foi o próprio vídeo. A criança está sob cuidados do Conselho Tutelar.

Com informações: SBT Interior

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