Por Breno Guarnieri 

Com temperaturas mais baixas, moradores de rua de Fernandópolis partem para o improviso para suportarem as noites e madrugadas frias. Os abrigos provisórios são à base de papelão, sacos plásticos e cobertores.

A cerca de uma semana para o início do inverno, a certeza de que as madrugadas serão difíceis nos próximos meses está estampada nos rostos desses “cidadãos invisíveis” pela correria da cidade. Com os ventos, a sensação térmica pode chegar a níveis muito abaixo da média e, de acordo, com as previsões meteorológicas, neste ano, o inverno poderá castigar ainda mais a população exposta ao frio. 

Há dois anos vivendo nas ruas, Edson Soares, 49 anos, conta que no outono e inverno o frio castiga. O pernambucano já peregrinou por várias cidades até chegar a Fernandópolis e afirma já ter passado por situações extremamente difíceis. “Estou em uma situação muito difícil. Outros (moradores de rua) também estão. Por mais que os albergues ajudem, é complicado. Eu quero arrumar um emprego e sair desta situação”, destaca.

Perfis como o de Edson estão ficando comuns no município. A faixa etária das pessoas, em situação de rua, predominante é de 40 a 55 anos. 

Para amenizar o sofrimento dessas pessoas, um grupo, denominado “Ronda do Bem”, formado por 10 amigos, arrecadou agasalhos e cobertores aos moradores de rua. As doações aconteceram durante a semana.

Ao todo, 6 moradores de rua receberam doações de roupas, que foram arrecadadas por meio de pedidos por parte do grupo a parentes e vizinhos.