OPERAÇÃO

“Auxiliando prontamente as autoridades policiais”, diz provedor da Santa Casa

“Auxiliando prontamente as autoridades policiais”, diz provedor da Santa Casa

Durante coletiva de imprensa a administração do hospital salientou estar preocupada com a transparência e a elucidação de todos os fatos envolvendo ex-provedores.

Durante coletiva de imprensa a administração do hospital salientou estar preocupada com a transparência e a elucidação de todos os fatos envolvendo ex-provedores.

Publicada há 4 anos

Coletiva aconteceu na manhã desta quarta-feira na Santa Casa de Fernandópolis


Da Redação 

Na manhã de ontem, 17, a direção da Santa Casa de Fernandópolis realizou uma coletiva de imprensa na intenção de prestar esclarecimentos sobre a operação Assepsia, realizada por agentes da Delegacia Seccional de Polícia com apoio de policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais).

Durante a coletiva o provedor da Santa Casa, Fernando Cordeiro Zanqui, salientou que o hospital é o principal interessado nas investigações conduzidas pela Polícia Civil, sobre as contas da entidade. 

Ainda de acordo com Fernando Zanqui, os policiais afirmaram que o inquérito visa apurar o aumento do endividamento do hospital nos últimos anos e, para isso, solicitaram documentos e contratos celebrados desde 2007. 

“Somos os maiores interessados na apuração dos fatos. Estamos contribuindo e auxiliando prontamente as autoridades policiais. Todos sabem das dificuldades da Santa Casa. Várias ações com o intuito de mudar esse cenário estão sendo realizadas. Encontramos dificuldades, dado o cenário de todo o país. Essa administração está preocupada com a transparência e elucidação de todos os fatos antigos”, destacou. 

A administração da Santa Casa ainda frisou que a operação não prejudicou e nem irá prejudicar os atendimentos no hospital, que seguem normalmente. 

Operação

Os policiais estiveram boa parte do dia na Santa Casa, no IACor (Instituto Avançado do Coração) e na Unimed Cooperativa. Foi realizado um levantamento de documentos no setor financeiro das três instituições. 

Uma denúncia do vereador Murilo Jacob levou a Polícia Civil a abrir um inquérito que culminou na operação Assepsia, na qual uma série de documentos, computadores e HDs foram apreendidos pelos policiais. 

A investigação, comandada pelo delegado Dr. Airton Canato, teve 13 meses e o “próximo passo” é cruzar dados e comprovar documentos já colhidos relacionados à Santa Casa e às administrações passadas. O objetivo é esclarecer o motivo do aumento da dívida. De acordo com a Polícia, até 2013 o hospital devia aproximadamente R$ 13 milhões. Nos últimos quatro anos a dívida mais que triplicou chegando em 2018 a R$ 40 milhões. A Santa Casa teve o prédio penhorado pela Justiça do Trabalho que avalia ações de ex-funcionários. O imóvel foi avaliado em R$ 31 milhões e pode até ir a leilão. 

MAIS Esclarecimentos

Em nota, o Instituto Avançado do Coração informou que foi procurado por autoridades policiais que, na busca de esclarecimentos sobre a sua relação com a Santa Casa de Fernandópolis, solicitaram diversos documentos, os quais foram prontamente entregues, franqueando-se amplo acesso às suas instalações e tendo, inclusive, indicado e apresentado outros que se encontravam em local diverso de seu estabelecimento. O Instituto, ainda, ressaltou que se coloca à disposição da Justiça para novos esclarecimentos, bem como nova diligência.    

Também em nota, a Unimed Cooperativa comunicou seus clientes, cooperados, colaboradores e fornecedores que não está sendo objeto de investigação no inquérito policial que apura eventuais irregularidades existentes na Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis. “A Unimed de Fernandópolis está à disposição para contribuir com a apuração dos fatos e, neste momento, reforça o seu compromisso de transparência em todas suas relações, sejam comerciais, institucionais e assistenciais”, diz nota.

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