POLÍTICA

Fernandópolis deve perder R$ 15 milhões mensais e 1,3 mil universitários com fraudes na Universidade Brasil

Fernandópolis deve perder R$ 15 milhões mensais e 1,3 mil universitários com fraudes na Universidade Brasil

1,2 mil estudantes de Medicina devem sair por "excesso de vagas"; outros 100 por fraudes no FIES e no Prouni

1,2 mil estudantes de Medicina devem sair por "excesso de vagas"; outros 100 por fraudes no FIES e no Prouni

Publicada há 4 anos

“Operação Vagatomia”: menos 1,3 mil universitários de Medicina no campi local

E  o momento que muitos temiam chegou. Fernandópolis irá, inevitavelmente, sofrer um abalo magnânimo em sua já fragilizada economia, decorrente da diminuição expressiva do número de estudantes no curso de Medicina na Universidade Brasil, abalado por sucessivos escândalos e que desta vez passou de todos os limites aceitáveis e varreu o nome da cidade país afora. Não será de uma só vez, mas, paulatina e continuadamente, cerca de 1,3 mil universitários deste curso migrarão da cidade, levando junto com eles uma expressiva geração de rendas e empregos, atingindo desde o setor imobiliário, passando pelo de alimentação, diversão, dentre outros. Previsivelmente, uma crise sem similar à vista e com os dias contados, a depender apenas de decisões administrativas junto ao Ministério da Educação e Cultura-MEC e na Justiça Federal de primeira e segunda instância. O número - 1,3 mil - é alto e nem mesmo uma mega-indústria conseguiria superá-lo. 

Perda para economia de Fernandópolis passará dos R$ 15 milhões mensalmente

D e onde provém tal número, essa deve ser a indagação remanescente. Socorrer-nos-emos das palavras do delegado de Polícia Federal Cristiano Pádua da Silva e do procurador federal Carlos Alberto Rios. A Universidade Brasil local tem autorização para alocar cerca de 700 alunos e disponibiliza cerca de 1,2 mil a mais que o “legalizado”. Além desse excedente, cuja resolução está no processo em fase recursal na Justiça Federal, ainda há outros cerca de 100 acadêmicos de Medicina envolvidos em compra de vagas, compra de FIES e transferências irregulares de universidades do exterior, principalmente Paraguai e Bolívia. Estes devem “cair” mais celeremente, mediante decisão administrativa do próprio MEC. Será um retrocesso econômico incomensurável, cujo valor, estimado por um economista local, será de, no mínimo, R$ 15 milhões mensais. Péssima notícia para todos nós!


Meio milhão em doação eleitoralE o empresário José Fernando Pinto da Costa (centro), o dono da Universidade Brasil, doou R$ 500 mil para a campanha governamental estadual passada. Preso junto com o filho na "Operação Vagatomia", Costa destinou essa quantia à campanha do candidato tucano eleito João Doria.  Junto com o filho, ele está detido mediante decretação de prisão preventiva, sendo que o Ministério da Educação deve assumir a direção do campi pertencente à universidade.


Polícia Federal critica operação da Polícia Civil

O delegado de Polícia Federal Cristiano Pádua da Silva criticou a Operação Asclépio realizada pela Polícia Civil paulista em 12 de maio passado sob o comando de policiais vinculados à Delegacia de Polícia de Assis.  Segundo o interlocutor, a ação desencadeou uma verdadeira destruição de provas por parte dos envolvidos, prejudicando a ação dos federais. Naquela atuação foram efetuadas 17 prisões - duas delas em Fernandópolis -, sem envolver qualquer líder do esquema.  

ADENDO

Recebemos comunicação da Polícia Federal retificando a informação supra. Confira-o, na íntegra:

"Sobre possíveis críticas da PF em relação à Operação Asclépio, a PF ressalta a declaração em contrário do DPF Cristiano Pádua:  "Ao contrário do que consta em matéria publicada por mídia de Fernandópolis/SP (jornal extra), em momento algum fiz críticas à Operação Asclépio da Polícia Civil e do Ministério Público de Assis. Aliás, fiz questão de elogiar a Operação Asclépio expresssamente durante a entrevista coletiva. Em outro momento destaquei que, em razão da deflagração da Operação Asclépio, alguns integrantes da Organização Criminosa, que não foram presos, passaram a destruir inúmeras provas, o que obviamente não é uma falha ou erro da Operação citada e sim demonstrou o modo de agir criminoso dos investigados." Feitos os esclarecimentos, solicitamos a correção. Assessoria de Imprensa PF Jales/SP".

Atualização realizada às 11h59 de 08/09/2019.


A volta de quem já o foi: o ex vence?

Querer nem sempre é sinônimo de poder. Eis um dos mais antigos ditos políticos que servirá, e muito, para definir os nomes que concorrerão às Prefeituras. Muitos querem partir para a reeleição; na real, todos os que podem recandidatarem-se. O problema é que muitos deles não terão o apoio dos eleitores. Por exemplo: dizem que pesquisa que correu em Votuporanga nesta semana apontou tamanha vantagem do ex Júnior Marão que praticamente inviabiliza a recandidatura de João Dado.


Imagem da Semana

Jales, terça-feira, 03 de Setembro de 2019. Na sede da Polícia Federal daquela localidade se reúnem o procurador do Ministério Público Federal Carlos Alberto Rios, o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Estado de São Paulo Marcelo de Carvalho e o delegado de Polícia Federal Cristiano Pádua da Silva para detalharem a recém-desencadeada "Operação Vagatomia" que desbaratou um esquema que rendeu até R$ 500 milhões à favor de uma quadrilha que se instalou junto ao campi local da Universidade Brasil. Novamente, e de pior forma possível, a imagem de Fernandópolis ganhou a região, o Estado e o país. Em menos de um mês é a terceira vez. As pretéritas foram a Santa Casa e o Grupo Petrópolis.


Recape de péssima qualidade: e aí?Num bairro - o Alta das Paineiras -, a comprovação já foi constatada até pela própria Prefeitura; nos outros... Certo é que o prefeito André Pessuto deve determinar que a Noromix de Votuporanga refaça toda a pavimentação naquele local sob pena de ser excluída de outras licitações e de outras sanções legais. Em alguns trechos o asfalto está se soltando, apesar do parco tempo da obra, tendo sido encontrado trechos com apenas 10 milímetros de recape. Uma verdadeira vergonha que não deve ficar barato.

Vereador diz que fiscalizou mas...

E vejam que interessante. Em postagem no Facebook datada de 15 de Julho último, o vereador João Pedro Siqueira afirma que estava fiscalizando os recapes executados pela Noromix, especificamente no bairro Coester. Ele disse que iria supervisionar as obras de R$ 5 milhões (fruto de empréstimos) por toda a cidade. Não há registro público, até agora, de que ele tenha encontrado defeitos nas obras, tal como o denunciado no Alto das Paineiras.  


Vanuê e Walter Faria denunciadosA força-tarefa da Lava Jato denunciou na quarta, 04, o empresário fernandopolense, bem como o sobrinho Vanuê Faria por 12 crimes de lavagem de dinheiro. As operações no exterior (Suíça) ocorreram em 2006 e 2007 e envolvem US$ 3,6 milhões. Essa é a primeira acusação formal contra Walter Faria na Lava Jato e, conforme afirma o Ministério Público Federal-MPF do Paraná, outras devem ser apresentadas. Walter continua preso em Curitiba. 

Já Cleber Faria ficou de fora

Destino simetricamente oposto teve o também empresário Cleber, irmão de Vanuê e sobrinho de Walter: não foi denunciado pelo MPF.  Cleber chegou a ser preso na mesma operação - Rock City - e acabou sendo liberado pela juíza Gabriela Hardt. Tanto ele quanto Vanuê afirmaram em depoimentos que a Petrópolis serviu de “banco” para a Odebrecht. Segundo a Promotoria, o grupo é acusado de desviar cerca de R$ 329 milhões para o exterior.


A caminho dos 100 mil habitantesFernandópolis + Tanabi = Votuporanga?

Cada vez dista mais a década de 70 quando o número de habitantes de Fernandópolis se aproximou muito e quase que passou a quantidade de moradores de Votuporanga, principalmente quando Parisi se emancipou. Agora, literalmente, virou motivo de gozação. Basta vermos que após a divulgação das novas estimativas do IBGE, o que mais se ouviu por lá é que o número de habitantes de Votuporanga (94.547) corresponde ao de uma Fernandópolis inteira (69.119), somada a uma Tanabi também inteira (25.967). É chato, para nós, é claro, mas é uma realidade inescondível, assim como também o é o fato deles ainda estarem longe do sonho de chegarem aos 100 mil habitantes. Houve precipitação, sobretudo no meio político, que aguardava a transposição do índice nessa divulgação. Falhou, repetindo a expectativa do Censo de 1990, quando até celebração chegou a ser organizada.


Brasil & Mundo

Conservadorismo ou retrocesso: o novo PGRA indicação do subprocurador Augusto Aras para a Procuradoria Geral da República-PGR dividiu opiniões. Muitos avaliam como um retrocesso à Lava Jato e uma derrota do ministro Sérgio Moro; outros aplaudiram, tais como ministros do STF e alas mais conservadoras. Aras não estava na lista tríplice.


Bolsonaro quer vender empresas que possuem dados sigilosos dos brasileiros e que dão lucroDados sigilosos dos 202 milhões de brasileiros, tais como declarações de impostos de renda, transações bancárias, registros de nascimento e óbito, registros de veículos, pagamentos de pensões e seguros, e até viagens nacionais e internacionais serão privatizados e vendidos para empresas nacionais ou internacionais. Ao menos está é a intensão do presidente Jair Bolsonaro-PSL ao anunciar a venda do Serpo e da Dataprev. A alienação dependerá de autorização do Congresso Nacional e o interessante é que ambas as estatais dão lucro. Em 2018 a Dataprev faturou R$ 1,2 bilhão e o Sepro R$ 3,2 bilhões.


O “fascista” contra o “maconheiro”Ontem, 06, durante a inauguração de um projeto de patrulhamento, o governador fluminense Wilson Witzel e um popular bateram boca publicamente. O rapaz o chamou de “fascista”, enquanto Witzel disse “olha o maconheiro aí”. O bate boca se estendeu e o manifestante chamou o governador de “miliciano”.


Novo embaixador do Turismo BrasileiroO ex-jogador Ronaldinho Gaúcho (à direita) foi nomeado, junto com o cantor Amado Batista, embaixador do Turismo Brasileiro. O cargo não é remunerado e tem como função promover, internacionalmente, o turismo nacional. Detalhe: por dívidas, o passaporte de Ronaldinho está apreendido e ele proibido de deixar o Brasil.


Frase da Semana

"Vai ter um efeito reverso. A gente vai investigar cada vez mais”.Do delegado de Polícia Federal Cristiano Pádua da Silva comentando que acusados graduados da “Operação Vagatomia” procuraram políticos para interferirem nas investigações, mediante sugestões, pressões e intimidações. Falta nominá-los.



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