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Justiça libera Piratininga. Prisão foi prorrogada uma vez

Justiça libera Piratininga. Prisão foi prorrogada uma vez

Diretor do campi local foi solto na madrugada desta sexta-feira, 13

Diretor do campi local foi solto na madrugada desta sexta-feira, 13

Publicada há 4 anos

DA REDAÇÃO 

O diretor geral do campi de Fernandópolis da Universidade Brasil Amauri Piratininga acaba de ser colocado em liberdade pela Justiça Federal. 

Viatura estacionada na frente do Plantão que conduziu Piratininga 

A soltura ocorreu nos primeiros minutos da madrugada desta sexta-feira, 13. Ele chegou em uma viatura da Polícia Civil ao Plantão Policial, foi submetido a exame de Corpo de Delito e liberado. 

Inicialmente ele foi preso temporariamente por mandado de prisão cumprido na última terça-feira, 03 e teve a prisão de cinco dias prorrogada uma vez.

Até agora, oficialmente, ele é o único dos 22 detidos liberado. 

O CASO

Coletiva de imprensa a respeito da Operação Vagatomia aconteceu na sede da Polícia Federal de Jales  

Na manhã da última terça-feira , dia 3, o delegado regional, Marcelo de Carvalho, salientou durante entrevista coletiva, realizada na sede da Polícia Federal de Jales, que o campus fernandopolense da Universidade Brasil sofrerá intervenção judicial e uma comissão do MEC irá gerenciar a instituição, tendo em vista que praticamente toda a diretoria do referido campus estaria comprometida em relação à Operação Vagatomia.

Operação 

A Polícia Federal prendeu na terça-feira, 3, 22 pessoas, suspeitas de participarem de um esquema de fraude de R$ 500 milhões na Universidade do Brasil, de Fernandópolis, em cima dos programas federais de bolsas de estudo Fies e Prouni. 

Segundo a PF, também há suspeita de venda de vagas e transferências de alunos do exterior, principalmente Paraguai e Bolívia. Cerca de 250 policiais federais cumpriram mandados judiciais em Fernandópolis, Rio Preto, São Paulo, Santos, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, Porto Feliz, Meridiano, Murutinga do Sul, São João das Duas Pontes e Água Boa, no Mato Grosso, resultando na prisão do diretor geral do campus fernandopolense, Amauri Piratininga, além do advogado e ex-professor Orlando Machado, e da cúpula do Fernandópolis Futebol Clube: Oclécio Dutra (presidente) e Ricardo Saravalli (vice), acusados de captar alunos, uma espécie de assessoria para a diretoria da universidade. Entre os mandados judiciais expedidos estão 11 prisões preventivas, 11 prisões temporárias, 45 ordens de busca e apreensão e 10 medidas cautelares (alternativas à prisão).

De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que o líder da organização criminosa é o próprio dono da universidade, José Fernando Pinto da Costa, que também ocupa o cargo de reitor. O empresário de 63 anos, e seu filho, que também é sócio do grupo educacional, não só tinham conhecimento, mas também participavam dos crimes em investigação. Uma estrutura formada por funcionários e pessoas ligadas à universidade dava condições para que as fraudes fossem realizadas.

Na manhã da terça, o filho foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos quando chegava ao Brasil vindo de uma viagem ao exterior. O empresário José Fernando Pinto da Costa foi preso em sua residência em São Paulo.

A assessoria da Universidade Brasil informou que está ciente da operação da Polícia Federal, porém, até o fechamento desta edição, não se pronunciou sobre o assunto.

Pais e alunos  

Ainda de acordo com a PF, os alunos e pais, que aceitaram pagar pela vaga e/ou financiamentos públicos, também responderão pelos crimes em investigação na medida de suas culpabilidades. Nova investigação será iniciada imediatamente pela PF objetivando identificar todos os pais e alunos que concordaram em pagar pelas fraudes praticadas pela organização criminosa e, portanto, também praticaram crimes.

Entenda o esquema

De acordo com as investigações, as "Assessorias educacionais", com o apoio dos donos e toda a estrutura administrativa da universidade negociaram centenas de vagas para alunos que aceitaram pagar pelas fraudes a fim de serem matriculados no curso de medicina.

Entre estes alunos, que compraram suas vagas e financiamentos, existem filhos de fazendeiros, servidores públicos, políticos, empresários e amigos do dono da universidade, todos com alto poder aquisitivo, que mesmo sem perfil de beneficiário do FIES, mediante fraude, tiveram acesso aos recursos do Governo Federal. Com a sistemática atual de inclusão de dados e aprovação do Fies pelas próprias universidades privadas (beneficiárias dos recursos que aprovam) a PF estima que milhares de alunos carentes por todo o Brasil podem ter sido prejudicados em razão destas fraudes.

Na manhã desta terça-feira, policiais estiveram no campus fernandopolense da Universidade Brasil 

PERDA DE UNIVERSITÁRIOS 

Fernandópolis deve perder R$ 15 milhões mensais e 1,3 mil universitários com fraudes na Universidade Brasil. Confira mais detalhes acessando: http://oextra.net/17221/fernandopolis-deve-perder-r-15-milhoes-mensais-e-13-mil-universitarios-com-fraudes-na-universidade-brasil

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