INVESTIGAÇÃO

Estudantes da Universidade Brasil afirmam no MPF que estão pagando sem estudar

Estudantes da Universidade Brasil afirmam no MPF que estão pagando sem estudar

No final do depoimento os alunos solicitam a intervenção do MPF para que possam regularizar a situação acadêmica, a fim de não perderem o semestre letivo.

No final do depoimento os alunos solicitam a intervenção do MPF para que possam regularizar a situação acadêmica, a fim de não perderem o semestre letivo.

Publicada há 4 anos

Um grupo de 20 estudantes da Universidade Brasil, de Fernandópolis, investigada na Operação Vagatomia, da Polícia Federal, esteve no Ministério Público Federal em Jales, na última, quinta-feira, 19, representando um grupo maior que segundo eles estão pagando sem estudar, mesmo tendo sido aprovados no processo seletivo. Os alunos distribuíram uma nota, explicando a situação, antes de dois representantes da turma serem recebidos no MPF.

Depois da audiência, eles assinaram cópia da representação onde relatam que no dia 20 de julho de 2019 foi realizado processo seletivo de transferência perante a Universidade Brasil, campus de Fernandópolis, com 205 vagas ofertadas. Afirmam que foram aprovados e realizaram a matrícula no dia 14 de agosto de 2019. Explicaram que na ocasião foram gerados quatro boletos, sendo três pagos logo na sequência e o último ficou para vencimento em setembro que também já foi quitado.

Cada boleto foi fixado em R$ 9.095,00, referente ao valor da matrícula, da análise curricular e da mensalidade de agosto que com desconto ficou em R$ 8.185,50, além da mensalidade de setembro, no mesmo valor.

Na representação, os alunos afirmam que apesar de terem cumprido todas as obrigações administrativas exigidas, com a entrega de todos os documentos, até aquele momento não tiveram acesso às salas de aula, pois não obtiveram a matrícula orientada que é uma exigência para todos os alunos que vieram de outras instituições de ensino, principalmente do exterior. 

Eles explicam que por meio da matrícula orientada é realizada a análise curricular que determina em qual período o aluno pode ingressar. Os estudantes dizem ainda ter conhecimento que diversos alunos que foram classificados após o número de vagas já obtiveram a matrícula orientada e começaram a estudar, “até mesmo aqueles que não fizeram a matrícula e nem passaram pela análise curricular, criando uma Turma Especial do SUS”. 

Diz ainda o depoimento que a escolha dos alunos tem sido realizada de forma aleatória, sem qualquer critério estabelecido e de conhecimento dos discentes. Nesta mesma situação ainda estão outros 79 alunos, dos quais 20 compareceram ao MPF junto com uma representante para que fosse efetuado o registro desses fatos.

Os alunos relatam ainda que por diversas vezes a direção da faculdade foi procurada e seus integrantes justificaram que a situação não está sendo resolvida em razão da atuação da Polícia Federal, do MEC e do Ministério Público Federal e também porque a universidade encontra-se sem reitor, argumento com o qual dizem não concordar.

No final do depoimento os alunos solicitam a intervenção do MPF para que possam regularizar a situação acadêmica, a fim de não perderem o semestre letivo.

HABEAS CORPUS NEGADO

O Serviço de Comunicação da Polícia Federal de Jales informou que no dia 18 de setembro, quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça negou pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de José Fernando Pinto da Costa, dono da Universidade Brasil, de Fernandópolis, investigada na Operação Vagatomia.

A PF informou ainda que o dono da faculdade e outras 11 pessoas continuavam presas em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal de Jales.

Fonte: http://jornaldejales.com.br 

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