CORAÇÃO ENORME

Com o pai desempregado, atacante ganha R$ 50 após fazer gol e compra comida para casa

Com o pai desempregado, atacante ganha R$ 50 após fazer gol e compra comida para casa

Dieguinho, aos 9 anos, é referência da Escolinha Gol de Placa. Empresário prometeu grana para quem marcasse em torneio. Dieguinho fez e ajudou a família: "Para alimentar minha mãe, papai".

Dieguinho, aos 9 anos, é referência da Escolinha Gol de Placa. Empresário prometeu grana para quem marcasse em torneio. Dieguinho fez e ajudou a família: "Para alimentar minha mãe, papai".

Publicada há 4 anos


Dieguinho, pequeno no tamanho, mas com coração enorme e habilidade gigantesca com a bola. Aos 9 anos de idade, o atacante pisou pela primeira vez em um estádio de futebol, quando a sua escolinha, a Gol de Placa, fez a estreia na Taça Clube sub-11, o Campeonato Piauiense da categoria. Dieguinho marcou o gol do time, no empate em 1 a 1 com o Piauí, no Lindolfo Monteiro, em Teresina. Por causa da atuação e ter feito o gol do time, o garoto ganhou R$ 50. Com o dinheiro, Dieguinho comprou comida de casa.  

- Ele já tem o pensamento de uma pessoa grande. Já tem o pensamento de um guerreiro e vencedor. Um empresário, amigo nosso que tem um filho na nossa escolinha, falou que daria R$ 50 para o atleta que fizesse o gol do time. Diego fez, e eu perguntei para ele no outro dia o que ele fez com o dinheiro. Ele disse: ‘comprei comida’. Ele fez isso na intenção de ajudar a família dele – narrou o emocionado o treinador de Dieguinho, Márcio Cesar.

Dieguinho explicou o porquê quis comprar comida para casa.

- Comida para comer. Para alimentar as pessoas, minha mãe, meu pai, meu irmão – disse o menino, relatando a sensação de estar em um estádio de futebol. 

- O tapete é bom, a trave é boa. Foi tudo bem. Tomei a bola, fui em direção para o gol, mas o menino me derrubou e foi pênalti. Bati bem, lá no cantinho. Joguei bem.

Dieguinho tem dois anos de escolinha, mas a habilidade impressiona. O garoto mora perto do campo onde treina, o Beira Rio, no bairro Água Mineral, zona norte da capital, com o pai, que trabalha com jardinagem, mas está desempregado; a mãe, dona de casa; e o irmão Diogo, de 13 anos.

- Diego é diferenciado, tem dois anos de escolinha, mas ele tem uma facilidade de trabalhar a bola que os garotos com cinco anos de escolinha não têm. Ele é o cara, faz o treinador rir, chorar, brigar com ele. É alguém muito especial. Vocês ainda vão entrevistá-lo muitas vezes – disse o treinador.

A Taça Clube Sub-11 acontece pelo terceiro ano seguido. Na edição de 2019, o torneio de base, que representa o Campeonato Piauiense da categoria, tem 36 escolinhas inscritas. Mais de 900 atletas cadastrados e divididos em 12 grupos com três times. 

Fonte: https://globoesporte.globo.com

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