VAGATOMIA

MPF denuncia suspeitos de atrapalhar investigações em universidade

MPF denuncia suspeitos de atrapalhar investigações em universidade

Três das quatro denúncias ajuizadas pelo MPF já foram recebidas pela Justiça

Três das quatro denúncias ajuizadas pelo MPF já foram recebidas pela Justiça

Publicada há 4 anos

Da Redação 

O Ministério Público Federal denunciou 32 pessoas suspeitas de participarem de uma organização criminosa responsável pela venda de vagas no curso de medicina da Universidade Brasil, em Fernandópolis, e pela contratação fraudulenta de financiamento público por meio do Fies, crimes de falsidade ideológica e fraude processual, devido às tentativas de obstruir as investigações.

O MPF fez a denúncia baseado em inquérito policial concluído há duas semanas pela Polícia Federal de Jales, que aponta o empresário José Fernando Pinto da Costa, preso no dia 3 de setembro após a deflagração da Operação Vagatomia, e pelo seu filho Sthefano Bruno Pinto da Costa, CEO do estabelecimento de ensino, como o coordenador deste esquema.

Cinco pessoas de Rio Preto também foram presas por suspeitas de participação no esquema, o casal de médicos Frank Ronaldo Soares e Andrea Santos Sousa Soares, a sobrinha deles e secretária Aurélia Souza Ferreira, e os empresários Murilo Ferreira de Paula e Paulo Roberto Pereira Marques, suspeitos de criar cursos de preparação para médicos formados fora do País prestarem a prova do Revalida, mas que garantiam aprovação, mediante pagamento por fora. Todos agora respondem em liberdade.

Três das quatro denúncias ajuizadas pelo MPF já foram recebidas pela Justiça. Elas se baseiam em provas colhidas no inquérito policial e no inquérito civil público, incluindo interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e documentos obtidos por meio de acordo de colaboração premiada firmada com um dos denunciados. 

José Fernando Pinto já é réu em outra denúncia ajuizada pelo MPF em setembro, pela qual é acusado de ameaçar testemunhas durante a tramitação do procedimento que investigava o excesso de matrículas no curso de medicina ministrado em Fernandópolis. Costa proferiu ameaças contra quatro alunos da graduação em 14 de março deste ano, quando participou de uma audiência pública sobre o assunto.

* com informações do Diário da Região

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