INVESTIGAÇÃO

Operação Farra no Tesouro: polícia confirma desvio de mais de R$ 9 milhões da prefeitura de Jales

Operação Farra no Tesouro: polícia confirma desvio de mais de R$ 9 milhões da prefeitura de Jales

Entre os indiciados estão servidores e ex-servidores da prefeitura

Entre os indiciados estão servidores e ex-servidores da prefeitura

Publicada há 4 anos

Operação Farra no Tesouro: polícia confirma desvio de mais de R$ 9 mi - Divulgação/Polícia Federal


Da redação

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira, 01, a terceira fase da Operação Farra no Tesouro, que investiga desvios milionários na Prefeitura de Jales, no interior de São Paulo.

Nesta terceira fase da operação, após auditoria nas contas do município, a PF confirmou que o valor total desviado foi de R$ 9.246.588,32 durante mais de dez anos de atuação da ex-tesoureira do município, Érica Cristina Carpi Oliveira.

Cerca de 17 pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime.

De acordo com as investigações, os valores desviados foram direcionados para pagamentos de boletos bancários, transferências para contas das empresas do marido e para contas de familiares da ex-tesoureira, além de investimentos em três lojas e imóveis dela e do marido.

Os recursos desviados da prefeitura também foram utilizados pela ex-tesoureira para pagamentos de salões de beleza, boutiques, cirurgias plásticas, dermatologistas, esteticistas, viagens e festas para toda a família.

A fraude era feita por meio de emissão de cheques em contas correntes da prefeitura, sendo que uma delas foi cadastrada pela ex-tesoureira em nome do Fundo Municipal da Saúde.   

Nos últimos anos, ela estava desviando mensalmente, cerca de R$ 200 mil.

Ex-prefeitos, secretários de fazenda, da saúde, auditores e demais servidores que tinham a obrigação de fiscalizar ou autorizar os gastos do município foram indiciados nos crimes por negligência e omissão.

O chefe da contabilidade, no período dos desvios, que aprovava as contas pagas pela ex-tesoureira, foi indiciado por crime doloso, pois tinha obrigação direta de fazer a conferência do trabalho feito por ela.

O atual prefeito da cidade não foi indiciado pela PF em razão da prerrogativa de foro e, por este motivo, a investigação relativa a ele será encaminhada para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, instância competente para apuração de sua conduta.

Os investigados foram indiciados por diversos crimes como peculato, corrupção passiva, inserção de dados falsos e quadrilha ou bando, além de lavagem de dinheiro nas modalidades culposas e dolosas.

Fonte: SbtInterior

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