SUPERAÇÃO

Jovem faz tapetes de crochê para manter estudos e ajudar avó

Jovem faz tapetes de crochê para manter estudos e ajudar avó

João Gabriel Batista, de 19 anos, está no quarto ano do curso de enfermagem. Ele aprendeu a fazer crochê enquanto ainda era criança

João Gabriel Batista, de 19 anos, está no quarto ano do curso de enfermagem. Ele aprendeu a fazer crochê enquanto ainda era criança

Publicada há 4 anos

Da Redação

Os pontos precisos feitos com linhas e agulhas se transformam em tapetes de crochê. Como cuida da avó e não consegue trabalhar fora, o artesanato foi a alternativa que um jovem de 19 anos encontrou para ganhar um dinheiro extra e ajudar nas despesas da casa e faculdade.

João Gabriel Batista mora com a família em um bairro de Mira Estrela. Ela aprendeu a arte do crochê em um projeto social do município enquanto ainda era criança.

“Eu trabalhava o dia todo. Ele e a irmã ficavam em um projeto e aprenderam o crochê. O João carregou isso consigo para o resto da vida. Hoje, estamos fazendo crochê que ele aprendeu lá atrás e está ajudando no orçamento”, diz a mãe do jovem, Paula Eduarda Batista.

Embora receba ajuda da família, a maioria dos produtos são fabricados pelo próprio universitário, que está no quarto ano de enfermagem.

“Minha meta, no começo, era fazer um tapete diário, o que daria 30 por mês, mas tem dia que consigo fazer mais. Em outros meses, eu consigo fazer mais do que 30 tapetes”, diz a mãe Paula.

Enquanto não está trabalhando ou cuidando da avó, João dedica o tempo livre para fabricar os produtos, incluindo o trajeto que faz diariamente para chegar à faculdade. Professores e colegas elogiam a atitude do universitário.

“Esse é o perfil esperado de um aluno de enfermagem. Então, a empatia, o cuidado com o próximo, ser um cuidador, acredito que pesa bastante na formação do João Gabriel”, afirma a professora Sânya Carla Souza.

Depois de terminar os tapetes de crochê, João Gabriel os vende para a clientela que conquistou desde que começou a usar as habilidades adquiridas ao longo de anos para faturar um dinheiro extra.

“Ele está de parabéns. É uma novidade na cidade por ser homem. Também acho que é importante para que outros alunos possam se espelhar, porque ele não esperou as coisas caírem do céu e está correndo atrás”, afirma a funcionária pública Margareth Manoel Pereira.

João Gabriel faz crochê no trajeto para faculdade

Fonte: G1

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