EDUCAÇÃO

Fatec e Etec fazem parceria para plantar baunilha no Noroeste Paulista

Fatec e Etec fazem parceria para plantar baunilha no Noroeste Paulista

Unidades do CPS de Rio Preto e Monte Aprazível vão desenvolver projeto para testar o plantio da especiaria, natural da Ásia e ainda rara no Brasil

Unidades do CPS de Rio Preto e Monte Aprazível vão desenvolver projeto para testar o plantio da especiaria, natural da Ásia e ainda rara no Brasil

Publicada há 4 anos


Da Redação

A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de São José do Rio Preto e a Escola Técnica Estadual (Etec) Padre José Nunes Dias, de Monte Aprazível, desenvolva em parceria um projeto piloto para testar a planta de baunilha na região. Natural de países asiáticos, essa semente de erva (favo), que brota de orquídeas dando aroma e sabor, é uma especiaria rara no Brasil, cultivada em baixa escala.

O plantio inicial de 44 mudas na escola agrícola Centro Paula Souza é um projeto dos alunos dos cursos técnicos de Agropecuária e Meio Ambiente integrados ao Médio, junto com os alunos do curso superior tecnológico de Agronegócio, com a coordenação dos professores Antonio Donizetti, da Etec de Monte Aprazível, e Vitória Gottardi, da Fatec Rio Preto.

Iniciado em novembro de 2019, o cultivo da baunilha passará por avaliação para conferir se a cultura é viável na região. O projeto terá uma segunda fase com a comercialização de mudas e favoritos. O objetivo é vender o fruto in natura ou, com o apoio dos alunos do curso de Agronegócio da Fatec, desenvolver diferentes apresentações de frutas, como pó, óleo, essência e chás por meio de experimentos que são usados no laboratório agroindustrial da Faculdade de Tecnologia .

O tecnólogo em Agronegócio Douglas Prescilio, assistente de Fatec, também participou do projeto. Entusiasmado pelo ineditismo, o Prescilio aproveitou o conhecimento do método para plantar uma propriedade rural da família, no município de Macaubal, localizado também na Região Noroeste do Estado. Como 15 mudas foram distribuídas no meio do seringal para aproveitar o sombreamento. Se as condições climáticas forem mais favoráveis, ele deverá expandir a produção para 2,5 hectares.     

"O mercado para produção desta especiaria no Brasil é promissor porque, no momento, existe apenas a importação do produto", explica Prescilio. "Se uma cultura vingar, meu plano é levar como sementes da produção em um laboratório agroindustrial e usar meios de industrialização da baunilha". Os grãos extraídos da semente são como substâncias usadas para dar sabor e aroma aos alimentos.

SOMBRA E IRRIGAÇÃO

O plantio realizado pelos alunos foi realizado a partir de duas técnicas: o Sistema Florestal Agrícola (SFA) e a Casa de Vegetação. Na propriedade rural em Macaubal, como mudas foram plantadas entre como seringueiras para aproveitar a sombra dos arbustos. Não há espaço entre as árvores, foram fixadas em estacas, já que a baunilha é uma trepadeira e precisa ser enrolar para crescer.

A possibilidade de cultivar uma baunilha associada à seringueira foi o que motivou o projeto, como explica a professora Vitória da Fatec. "Ofereça uma segunda cultura aos produtores de seringa e um atrativo econômico para pequenos agricultores da região. Os dois plantios em conjunto aumentam o potencial comercial e proporcionam uma renda extra ao produtor".

A educadora reforma, ainda, que a diversificação traz mais segurança para o agricultor, se houver preço ou produção de uma espécie, outra pode garantir a renda. Outro atrativo, segundo ela, esse tipo de cultura por associação não é fato de um modelo sustentável do ponto de vista socioambiental.

No plantio, conhecido como Casa de Vegetação, como as mudas são distribuídas numa área cercada por tela para controlar a luz, a temperatura e a temperatura. De acordo com o professor Donizetti, do Monte Aprazível, "como uma cultura de baunilha exige um monitoramento rigoroso das condições climáticas, optamos por testar como duas técnicas de plantio". Uma boa colheita da baunilha depende de alguns fatores, como o controle do ambiente com 50% de sombra e 50% de luminosidade; irrigação por gotejamento para manter a absorção durante todo o ano e combate a pragas, doenças e espécies concorrentes.   

Entre as diversas espécies de baunilha, os professores escolhem plantar uma planificação de baunilha que, pelo sabor e aroma característicos, é considerado mais comercial. Essa especiaria é utilizada na culinária, em fava ou essência, na fabricação de chocolate e na indústria de cosméticos e tabaco. O quilo da baunilha, avaliado em 400 dólares em média, está entre as especiarias mais caras do mundo.

Para Donizetti, uma valorização da baunilha no mercado internacional explica, em parte, porque seu processo de frutificação é longo. Dependendo das condições climáticas, pode demorar três anos até quatro anos. "Uma flor da baunilha planeja cerca de dois anos para atingir a maturidade e a germinação. Depois de mais dois meses para a colheita e outros três meses para a secagem e desidratação até as sementes ficarem prontas para serem comercializadas".



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