ECONOMIA

Retirada de scaners em aduaneiras provoca prejuízos ao comércio exterior, diz Fausto Pinato

Retirada de scaners em aduaneiras provoca prejuízos ao comércio exterior, diz Fausto Pinato

Corte de investimento na Receita Federal dificulta fiscalização

Corte de investimento na Receita Federal dificulta fiscalização

Publicada há 4 anos

Da Redação

O encerramento do serviço de scanner em aduanas, como a de cargas de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, , acenderam o sinal de alerta do deputado federal Fausto Pinato (PP SP).

Para o parlamentar, “eram mais do que previsíveis os efeitos negativos do estrangulamento financeiro da Receita Federal”, ponderou.

Segundo Pinato, o órgão responsável por quase 70% dos tributos arrecadados no país, não pode ter corte de investimento em setor sensível como da importação e exportação. Para ele, o fim do serviço de scanner, por exemplo, aumenta drasticamente os custos do comércio exterior, devido ao tempo adicional de desembaraço aduaneiro, maiores custos de armazenagem, prejuízos aos caminhoneiros que fazem o transporte, ao terem que esperar mais tempo para carregar ou descarregar os produtos, aumento dos preços dos produtos, prejuízos à nossa balança comercial.

Pinato atribui a retirada dos serviço de scanner ao ministro da Economia, Paulo Guedes. “Prefiro pensar, enfim, que estes são reflexos originados nos devaneios “impensados” do Ministério da Economia” critica.

Para o deputado, o Brasil não pode se esquecer da inerente vulnerabilidade causada nas Alfândegas Brasileiras, que coloca em risco a nossa segurança pública, como a entrada de armas e drogas, e a péssima imagem no exterior por tal fragilidade aduaneira.

Na última semana, o equipamento de scanner da aduana de cargas de Dionísio Cerqueira foi desativado porque o contrato com a empresa proprietária não foi renovado. Além de Dionísio Cerqueira, também perderam os serviços de scanners as alfândegas de Chuí, Santana do Livramento e Porto Xavier no Rio Grande do Sul, a de Cáceres no Mato Grosso e a de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Segundo o delegado da alfândega em Santa Catarina, o auditor fiscal Valter Durigon, essa foi uma das decisões tomadas pela Receita Federal para reduzir custos. O delegado da alfândega de Dionísio Cerqueira explica que a falta do scanner vai afetar principalmente a inspeção de cargas de carnes resfriadas e congeladas e de produtos de origem vegetal congelados.

Na aduana de cargas Dionísio Cerqueira, passam principalmente cargas de produtos agropecuários. São carnes, vegetais, cereais, hortifrutigranjeiros e bebidas.

São cerca de 1.300 caminhões por mês e 30% são fiscalizados via scanner. “Se o desembaraço aduaneiro ficar difícil aqui, a tendência é que as empresas optem por outras rotas”, lamenta Durigon. A redução de cargas, segundo ele, tem impacto negativo na economia porque causa retração na demanda por serviços de escritórios aduaneiros, hotelaria, gastronomia, consumo de combustíveis e outros.


Fonte:  BSB Magazine

últimas