OPERAÇÃO HÍGIA

TCE investiga relação de membros da sociedade civil com contratações no AME

TCE investiga relação de membros da sociedade civil com contratações no AME

Empresas que prestaram serviço para o ambulatório também serão investigadas

Empresas que prestaram serviço para o ambulatório também serão investigadas

Publicada há 4 anos

Depois da Polícia Civil e da Justiça, o TCE está de olho nas operações financeiras no AME Fernandópolis

Gustavo Jesus

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), através de Despacho assinado pelo conselheiro Dimas Ramalho, quer saber informações sobre a gestão do AME de Fernandópolis no período da transição entre a administração realizada pela Santa Casa de Fernandópolis e a OS de Andradina.

De acordo com o documento, o conselheiro quer saber se houve vantagem econômica para a administração do AME na troca de entidades. O Despacho surgiu depois da divulgação da Operação Hígia, deflagrada pela Polícia Civil de Fernandópolis no dia 17 de fevereiro.

A Santa Casa, o então secretário de Saúde do Estado, David Uip e o atual gestor da pasta, o secretário José Henrique Germann Ferreira, foram notificados para entregar documentos relacionados ao Contrato de Gestão e o custo dos procedimentos e atividades do ambulatório entre uma administração e outra.

RELAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÕES E CONTRATADOS
 Ramalho também quer saber se houve a contratação de empregados para o AME que possuíam vínculo empregatício com a Organização Social, com a OS de Andradina ou com a Prefeitura de Fernandópolis.

No documento também estão especificados alguns nomes que serão "especialmente" observadas a relação com a contratação de funcionários para o AME. São eles: Moacyr Rodrigo Molina, Antonio Luiz Aielo, Sandro Renato de Lima, Valdir Custódio Medrado, Lígia Barreto, Valdir Erédia Fancio, José Carlos Guarnieri, Sandra Regina de Godoy, Jesiel Bruzadelli de Macedo, Carlos Henrique Freitas de Paula, Dejanira Medeiros Soares Peroco, Ricardo Fumio Uehara, Gilmar Cestaro da Gama, Marcelo Aparecido Boiago, Edilberto Sartin, João Tarlao, Fernando Zanqui, Glaucia Basaglia e Fábio Obici.

Além de possíveis relações empregatícias, o conselheiro quer saber se durante a transição de administradoras houve contratação de empresas vinculadas, direta ou indiretamente aos membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal diretores ou demais empregados da Organização Social, do AME e da contratante, custeados com recursos advindos do Contrato de Gestão firmado com a Secretaria de Saúde do Estado.

A Polícia Civil e o Ministério Público foram oficiados para que informem ao TCE se foram encontradas irregularidades relativas ao Contrato de Gestão celebrado entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Irmandade da Santa Casa de Fernandópolis que visou à transferência de recursos financeiros para a gestão do AME Fernandópolis.

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