DESDOBRAMENTOS

Operação Hígia tira o primeiro pré-candidato da corrida pela Prefeitura

Operação Hígia tira o primeiro pré-candidato da corrida pela Prefeitura

Gilmar Gimenes era cotado como um dos prefeituráveis em Fernandópolis

Gilmar Gimenes era cotado como um dos prefeituráveis em Fernandópolis

Publicada há 4 anos

Gilmar Gimenes é o primeiro entre os pré-candidatos a estar fora da disputa pela chefia do Executivo em Fernandópolis

Gustavo Jesus

A Operação Hígia, que mandou para a cadeia o ex-deputado estadual Gilmar Gimenes (PSDB), dirigentes da OS de Andradina e conselheiros da Santa Casa de Fernandópolis, ainda não teve nenhuma condenação e está longe de ter um final, mas já impacta no cenário eleitoral do município.

O PSDB, partido de Gimenes, que prometia polarizar a disputa com o grupo do atual prefeito André Pessuto (DEM), teve sua imagem arranhada devido a prisão do ex-deputado e, consequentemente, perdeu força nos bastidores para as negociações.

Devido a morosidade da Justiça brasileira, o caso não deve ser encerrado até a época das convenções partidárias - que podem ser realizadas até o dia 15 de agosto. Com este cenário, ainda que não haja nenhuma condenação, o nome de Gimenes é o primeiro a ser retirado da briga pela cadeira de chefe do Executivo local.

Ainda que o PSDB continue com nomes importantes em suas fileiras, como o engenheiro e ex-vice-prefeito José Carlos Zambon e o professor Carlos Cabral, o desfalque de Gimenes - que poderia ser indicado para a disputa do cargo de prefeito -, naturalmente abala a estrutura dos Tucanos.

O principal ponto que tem gerado prejuízos ao partido é a dificuldade - e o atraso -, para angariar nomes para a formação de chapa de vereadores. Com as regras eleitorais atuais, os partidos não poderão mais se coligar em eleições proporcionais, o que obriga a sigla formar chapa completa para eleger seus candidatos.

Depois de perder o vereador Baroni, por divergências entre o partido e o edil, a vereadora Maiza Rio também pode deixar o partido pela dificuldade na formação de um grupo forte que garanta a eleição de pelo menos uma cadeira na Câmara dos Vereadores (ver mais sobre na página 2). Os fatos recentes criaram ainda mais resistência para a filiação de possíveis candidatos.

Dentro do partido as atenções se voltam agora para a possível candidatura de Zambon. O grupo de integrantes históricos da legenda, que foi formado sob a liderança do ex-prefeito Armando Farinazzo (in memorian), trouxe o engenheiro para ser o nome do partido nas urnas em outubro, na disputa majoritária.

O dilema tucano fica pela formação do consenso entre a ala pró-Zambon com o grupo de Gimenes. Caso haja o consenso, mesmo com uma chapa de vereadores fragilizada, o ex-vice da prefeita Ana Bim deve ser confirmado como nome do partido.

A reportagem fez contato com Flávia Resende, presidente do diretório local do PSDB, mas ela não quis se posicionar sobre o assunto.

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