CORONAVÍRUS

Rio Preto tem 3 curados de Covid-19; dois liberados para voltar às atividades

Rio Preto tem 3 curados de Covid-19; dois liberados para voltar às atividades

Uma pessoa ainda permanece em observação por apresentar sintomas

Uma pessoa ainda permanece em observação por apresentar sintomas

Publicada há 4 anos

Da Redação

A secretaria de Saúde de Rio Preto confirmou hoje, durante transmissão do boletim diário que a cidade já tem 3 casos de pessoas curadas. "Duas dessas pessoas estão curadas e liberadas para as atividades normais. Uma ainda permanece em observação por estar com sintomas leves", explica Borim. A médica Flávia Casseb é uma das pessoas que está curada e liberada. A médica falou com a redação do Gazeta de Rio Preto e contou um pouco sobre o período de isolamento social.

“Os primeiros sintomas começaram no dia 20 de março. Dor no corpo todo e atrás dos olhos, além de dor de cabeça e febre alta. Tinha dores de garganta pela manhã, mas no fim da tarde ela já tinha desaparecido”, relata.

Flávia procurou a unidade respiratória do Hospital de Base (HB) na noite do dia 20 de março e, por ser profissional da saúde, foi feita a coleta de material para testagem de Covid-19. “No dia 21, pela manhã, já tive a resposta. Fui o quarto caso confirmado de coronavírus em Rio Preto”.

Por ser médica e “ter muita fé”, Flávia disse estar totalmente tranquila em relação ao coronavírus. Sua preocupação maior foi em relação a mãe, aos filhos e com toda população.

DIAGNÓSTICO

“Fiquei em choque. Comecei a organizar minha casa para que meus filhos ficassem  lá, mas sem ter contato comigo.” Com toda rotina de higiene e alimentação organizada, Flávia ficou 14 dias confinada no quarto.

“Nesses 14 dias fiquei bem, rezei muito, quase não assisti TV. Não consegui ler os livros que queria por que fiquei muito fraca”. Entre o sétimo e oitavo dia, Flávia relata que teve uma piora significativa. “Tentava puxar o ar e o ar não chegava”.

A médica resolveu voltar ao hospital quando percebeu que o quadro estava avançando. “Comecei a ter manchas roxas pelo corpo, hematomas espontâneos. Muita febre, muito mal-estar e gânglios e linfonodos cervicais do pescoço inchado e dolorido”.

“Meus exames deram uma descompensada boa, clinicamente dei uma descompensada, a saturação (de oxigênio) caiu”. De volta pra casa, o medo. “Tive medo de morrer durante a noite, tanto que troquei a noite pelo dia durante a doença”.

Com o passar dos dias, Flávia desenvolveu anosmia total, “não sinto mais o gosto e cheiro das coisas. Até hoje, já com os exames negativados, eu não sei se estou comendo doce ou salgado”.

QUARENTENA

“Eu na verdade não vi que fiquei 14 dias no quarto, o mal-estar era tão grande. Pra mim o mais terrível de tudo foi ficar longe dos meus filhos, não poder cuidar deles”.

No décimo quarto dia, ainda bem debilitada, Flávia repetiu todos os exames e deram negativados. “Ainda não temos certeza se estou imune ou não. Caso esteja, vou voltar pra linha de frente, vou ajudar, quero ajudar muita gente”.

CONTÁGIO

Flávia fez uma viagem de trabalho para São Paulo, “acredito ter me infectado lá”.


Fonte: Gazeta de Rio Preto

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