POLÍTICA

69% querem a reabertura; risco de volta a fechar no futuro e com mortes nas costas

69% querem a reabertura; risco de volta a fechar no futuro e com mortes nas costas

Dados provêm de enquete realizada em nossa página no Facebook; resultado similar ao de Votuporanga

Dados provêm de enquete realizada em nossa página no Facebook; resultado similar ao de Votuporanga

Publicada há 4 anos

69% querem a reabertura do comércio local. Irresponsabilidade ou necessidade?

O número deflui de dados coletados até às 14h50 de ontem e causa surpresa pela dilação do placar. Exatos 69% dos respondentes de uma enquete realizada na página deste jornal no Facebook são favoráveis ao retorno, ainda que com adoção de medidas acauteladoras e que visem minorar os riscos de infecção, contra 31% que optaram para manutenção do fechamento. O resultado fernandopolense é muito similar ao apurado pelo site Votunews em Votuporanga, onde o placar ficou em 63% a 37% pró-reabertura. Óbvio que as recentes limitações impostas pelo Facebook para a realização de enquetes na rede social dificultam coleta de dados e, por consequência, análises mais acuradas, mas, pelos comentários dos internautas fica claro que a volta é muito mais uma necessidade, aguçada pela renda e empregabilidade, que um ato irresponsável, embora ainda encontremos alguns nesta categoria.


Mas os números requerem cautela: há risco enorme dos casos dispararem

E vamos cá descobrir a pólvora: ainda não há uma fórmula mágica capaz de conciliar as atividades comerciais com a minoração do risco de proliferação da pandemia. Nem em Fernandópolis, nem na região, nem no Estado, nem no Brasil, e muito menos no mundo. O que existe são formas de mitigar, de diminuir a possibilidade de propagação do coronavírus, não de impedi-lo de infectar empresários, comerciários e seus consumidores. E ressalte-se que, mesmo com todo acautelamento preconizado, há uma segunda dubiedade ainda maior: quantos obedecerão às recomendações da Prefeitura caso a reabertura seja permitida? Referimo-nos, por exemplo, à disponibilização de álcool em gel, distanciamento mínimo entre as pessoas, ausência de aglomerações... Sinceramente, pelo que vimos nos últimos dias nas filas de agências bancárias, casas lotéricas e outros estabelecimentos... Sanções? Faça-me rir!


Reabrir agora e ter que voltar a fechar no futuro? E com mortes nas costas?

Eis o mais provável: voltamos agora e em pouco tempo termos que adotar novas e mais contundentes medidas restritivas, com uma agravante: carregando nas costas a morte de muitos conterrâneos! O que dirão e como reagirão esses 69%? Já dimensionaram perdermos esses 30, 40, 45 dias de sacrifícios e termos que reiniciá-lo? Um conflito grande e plenamente justificável face à necessidade da sobrevivência pessoal, familiar e empresarial. E é exatamente aqui que reside o problema! Convenhamos, falta ação reta do Estado a socorrer-nos nesse momento. Para alguns chega o subsídio (insuficiente) de R$ 600,00; para a imensa maioria dos pais de famílias e comerciantes não. Nada daquele R$ 1,2 bilhão anunciados pelo governo federal (retesados nos bancos) e muito menos linhas de crédito que poderiam aliviar-nos e deixar a maioria desses 69% reclusos em seus lares, seguros de que, no amanhã, o sol voltará a brilhar.


Uma reportagem especial divulgada pelo conhecido site The Intercept Brasil, aquele mesmo que fez diversas denúncias contra o ministro Sérgio Moro, colocando-o na suspeição em ações contra o ex-presidente Lula, está causando polêmica em Votuporanga. Tudo porque a cidade, junto com outras duas Prefeituras paulistas - Guarujá e Água de São Pedro - adquiriu um “pacote” da Vivo que permite a geolocalização dos cidadãos. A planilha, com todas as movimentações, custou R$ 34 mil e foi adquirida em 2015 pelo então prefeito Júnior Marão-PSDB, sob a alegação de que serviu para consultoria da mobilidade populacional no centro urbano. A administração municipal fez questão de enfatizar que não foram obtidas informações individuais de seus cidadãos, apenas de idade e sexo, vinculados a um registro anônimo de uso do celular. Porém segundo o Intercept, é muito fácil chegar à identificação de cada qual dos usuários, bastando fazer combinações de dados a partir de vários sites e programas disponíveis. O Intercept argumenta que “‘é fácil reidentificar indivíduos para fins discriminatórios e ilícitos, como perseguição de adversários políticos, golpes financeiros e manipulações eleitorais”. Na reportagem o site mostra exemplo de utilização indevida dos dados adquiridos da operadora Vivo pela Secretaria de Turismo do Espírito Santo.


Cercado, Pessuto fica sem opçãoPremido por decisões de seus pares de Rio Preto, Jales e Votuporanga, dentre outros que liberaram o retorno condicionado das atividades comerciais, André Pessuto chega a um ponto de inflexão que deve forçá-lo, ainda que a contragosto, a adotar medida simétrica e permitir a reabertura das empresas em Fernandópolis. A quarentena está prorrogada até a próxima quarta, 22, mediante acordo com a Associação Comercial. A partir daí...


“Rio Preto não liberou geral”

Bastou um único dia de comercialização liberada para que a Prefeitura de Rio Preto tivesse que fazer o alerta: o comércio foi flexibilizado e não liberado. Quem veio a público foi o procurador-jurídico Adilson Vedroni, que disse que as regras de distanciamento e higienização devem ser cumpridas sob pena de aplicação de sanções. O movimento na quinta, 16, já foi superior aos dias anteriores à “flexibilização”. 


"Annita" é o segredo do ministro astronautaCalma! Não é a Anitta (com dois “t”) cantora, mas sim a Annita (com dois “n”) vermífugo, o “segredo secreto” do ministro Marcos Pontes, chefe de Julio Semeghini no Ministério da Ciência, no combate ao coronavírus. Uma enxurrada de críticas surgiu após o ex-astronauta afirmar que o composto tem 94% de eficácia mas que ainda sequer foi testado em humanos. No exterior, a Annita se mostrou até menos eficaz que a cloroquina.


Com 38 anos, Mar Rio dispensa os últimos 44 funcionários (já teve 200) e fecha a fábrica

A empresa ultimamente tinha 78 funcionários, já conta com 38 de fundação e, apesar de estar enfrentado dificuldades há tempos, segundo especialistas do setor, acabou sucumbindo à crise pandémica e dispensou as últimas 44 pessoas que ainda tinham vínculos empregatícios. O ato final ocorreu nesta semana e segundo Geraldo José dos Santos, representante da empresa, os trabalhos foram apenas suspensos e tão logo torne à normalidade, o pessoal será recontratado. A indústria têxtil fundada em 1983, com exportações para 20 países, já teve em seus quadros 200 funcionários. O fechamento vale para a produção, sendo que a loja da fábrica continua aberta. No site da empresa, um comunicado alerta sobre os prazos para as entregas das encomendas, afirmando que pode haver prorrogação.


Vai ter eleição em outubro, diz TSEA ministra Rosa Weber, do Tribunal Superior Eleitoral-TSE afirmou, em decisão a um pedido feito pelo senador Major Olímpio, que não adiará as eleições municipais marcadas para outubro e novembro (2º Turno). Ela entende que a legislação é clara e somente uma alteração constitucional poderia modificá-la. Weber completa afirmando ser possível ainda a realização do pleito no prazo estabelecido.


30% a menos para prefeito e vereadoresOs vereadores Evandro Mura-PSL e José Rolemberg-MDB protocolaram um Requerimento na Câmara sugerindo a redução em 30% dos salários dos vereadores durante a pandemia do coronavírus. A diminuição também vale para os cargos de prefeito, vice, secretários municipais e outros cargos similares que tenham vencimentos mais altos. Ação similar já foi sugerida em diversos municípios da região.




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