PANDEMIA

Comércio de Votuporanga amanhece fechado após fim da validade de decreto

Comércio de Votuporanga amanhece fechado após fim da validade de decreto

Havia expectativa de um novo decreto permitindo a manutenção da abertura do comércio, o que ainda não ocorreu

Havia expectativa de um novo decreto permitindo a manutenção da abertura do comércio, o que ainda não ocorreu

Publicada há 3 anos

Da Redação

Os estabelecimentos comerciais de Votuporanga amanheceram fechados nesta segunda-feira, 11, após o fim da validade do decreto nº 12.316, de 06 de maio de 2020, que autorizou a reabertura do comércio entre os dias 7 e 10 de maio. Como o próprio documento já dizia, após o fim da vigência voltaria a vigorar as determinações estaduais, que, no caso, permitem apenas a abertura de estabelecimentos essenciais até 31 de maio.

Com isso, após um respiro de três dias nas atividades econômicas, os comerciantes tiveram que novamente baixar suas portas para o atendimento ao público, restando permitido apenas o recebimento de contas.
Durante o período de validade do decreto os comerciantes de Votuporanga aproveitaram a oportunidade de flexibilização e abertura integral dos estabelecimentos, para mostrar que estão preparados para a retomada das atividades de forma segura. Além das medidas obrigatórias, algumas ainda implementaram ações extras.

Na área central o fluxo de pessoas foi intenso. Salvo algumas exceções, o distanciamento social foi respeitado dentro dos estabelecimentos comerciais e nas filas que se formaram do lado de fora, inclusive com demarcação no solo. Funcionários também foram colocados nas portas para limitar a entrada de pessoas, barrar quem estiver sem máscara e higienizar as mãos dos clientes.

Essas medidas fazem parte das obrigações constantes no decreto que permitiu a reabertura. Porém, alguns dos estabelecimentos adotaram medidas extras de segurança, como é o caso da loja A Joia, na rua Amazonas. A empresa permite a entrada de apenas seis pessoas por vez, e o cliente deve estar de máscara, higienizar as mãos com álcool em gel e passar pela aferição de temperatura corporal por meio de um termômetro digital.

“Estamos higienizando também os balcões e o chão com álcool para diminuir ao máximo a possibilidade de propagação do vírus. Essa segurança é necessária, ninguém pode ignorar que há uma crise sanitária, mas acredito que com a adoção de medidas de segurança é possível que a rotina volte aos poucos ao normal”, disse o responsável pela empresa Vitor Pignatari Pinzan.

Aglomerações

Houve, porém, reclamações sobre a aglomeração de pessoas no centro da cidade. Enquanto dentro dos estabelecimentos comerciais a maioria das empresas estava cumprindo as regras de segurança contra a propagação do coronavírus, moradores questionaram o desrespeito ao distanciamento nas ruas centrais da cidade. As filas em casas lotéricas e em algumas lojas foram os principais motivos de reclamação.

“Respeitando onde? Olha esse povo aí tudo colado no outro. Nas filas ninguém está respeitando a distância”, disse Rose Shirlei em um post nas redes sociais. “Passei de carro pela rua Amazonas e povo está agindo como se nada tivesse acontecido, todo mundo passeando, gente sentada nos bancos, depois não reclamem quando a Santa Casa estiver lotada”, completou Tamires Amorin. “Vi um monte de idosos na rua, brasileiro não tem educação para isso”, concluiu Maria Aparecida Santos.

Novo decreto

Diante da atitude, tanto dos comerciantes, como da população, havia expectativa de um novo decreto permitindo a manutenção da abertura do comércio, o que ainda não ocorreu. Na sexta-feira (8) o Ministério Público indeferiu a representação de um munícipe que pedia o fechamento das atividades comerciais e disse que compete ao município legislar sobre os assuntos de seu interesse local.

“Portanto, em tese, cabe ao chefe do Executivo, como fez o representado (João Dado) de forma restritiva, transitória e com regras estabelecidas pela OMS, dispor sobre a questão, sendo inviável a interferência de um poder ao outro, já que nosso sistema protege a separação entre poderes", disse o promotor de justiça José Vieira da Costa Neto 


Fonte: A Cidade Votuporanga/Franclin Duarte  

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