PANDEMIA

Profissionais da saúde terão prioridade em testes da vacina contra Covid-19 em Rio Preto

Profissionais da saúde terão prioridade em testes da vacina contra Covid-19 em Rio Preto

A terceira etapa do desenvolvimento da vacina terá a participação da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp)

A terceira etapa do desenvolvimento da vacina terá a participação da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp)

Publicada há 3 anos

Virologista da Famerp Maurício Lacerda Nogueira, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira

Da Redação

Os profissionais da saúde serão os principais alvos da fase 3 da Coronavac, vacina contra a Covid que está sendo desenvolvida em parceria pelo Estado de São Paulo e a empresa chinesa Sinovac.

A terceira etapa do desenvolvimento da vacina, que consiste na imunização de voluntários, terá a participação da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), sob a coordenação do virologista Maurício Lacerda Nogueira.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (2) na Famerp, Nogueira afirmou que os profissionais da saúde terão prioridade nos testes da vacina em Rio Preto. "Não é privilégio, mas para ter resposta mais rápida. Eles estão expostos, 18% a 20% dos contaminados são profissionais de saúde. Se eu pegar população exposta eu consigo dar resposta mais precocemente", afirmou Nogueira.

Ele afirmou ainda que milhares de voluntários vão participar da fase 3 de diferentes regiões de Rio Preto, por meio de um estudo chamado "duplo cego". "Queremos avaliar a eficácia da vacina. É estudo placebo controlado. Alguns receberão a vacina, outros não. E aí a gente vê quem teve coronavírus em um grupo e quem teve no outro", afirmou o virologista. "O sistema sabe e o sujeito da pesquisa, não". 

Após vacinação, os voluntários serão acompanhados durante um ano. "Se 100 pessoas tomaram placebo e 100 tomaram a vacina, e 10 pessoas no grupo do placebo pegam coronavírus e uma no grupo da vacina, temos 90% de eficácia para tratar infecção do coronavírus", disse Nogueira.

De acordo com o virologista, este estudo é mais simples que o da dengue. Isso porque o prazo para se chegar a uma definição é de um ano, enquanto que o estudo da dengue são necessários sete anos e envolvem 17 mil pessoas.

Ele finalizou a coletiva dizendo que a vacina é uma notícia boa, mas vai ajudar em alguns meses. Ele citou entre seis e oito meses. De acordo com o governo do Estado, a previsão para início da vacinação é junho de 2021.


Fonte: DLNews


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