ELEIÇÕES

Zambon desiste de candidatura, deixa PSDB mais perto de Pessuto e abre possibilidades na oposição

Zambon desiste de candidatura, deixa PSDB mais perto de Pessuto e abre possibilidades na oposição

Ex-vice-prefeito prometia polarizar eleições com atual mandatário

Ex-vice-prefeito prometia polarizar eleições com atual mandatário

Publicada há 3 anos

Zambon: renúncia da candidatura por motivos pessoais

Da Redação

O cenário eleitoral este ano está menos efervescente do que o normal, devido principalmente à pandemia do coronavírus - que gerou inclusive o adiamento das eleições para 15 de novembro. Mesmo com o tal marasmo atípico para esta época, nesta semana uma importante peça do jogo eleitoral se movimentou em Fernandópolis, causando impactos tanto na situação quanto na oposição.

Apontado por muitos como o nome com maior capacidade para fazer frente ao prefeito André Pessuto (DEM) no pleito de novembro, o engenheiro e ex-vice-prefeito José Carlos Zambon (PSDB) retirou na quarta-feira, 1º, seu nome da disputa.

De acordo com Zambon, questões particulares o motivaram a desistir da campanha. No mesmo dia que o engenheiro retirou seu nome das urnas, o vereador João Pedro, recém-chegado ao ninho Tucano, anunciou a sua pré-candidatura a prefeito.

Apesar do lançamento, a manobra do neotucano é considerada por especialistas na política local um "tiro de festim" - como adjetivou a coluna Entre Linhas nesta semana -, para outro objetivo: compor a chapa com Pessuto, ocupando a vaga de vice.

"Na real a ambição, tanto pessoal do substituto como de seu partido, com a devida benção da atual comandante (a deputada Analice Fernandes) é ocupar a vaga de vice na coligação encabeçada por André Pessuto. Pretensão legítima, diga-se de passagem. Não somente dos tucanos como de qualquer outra agremiação alinhada com a atual administração", trecho da coluna Entre Linhas.

Além de deixar o caminho definitivamente livre para que o PSDB possa se coligar com Pessuto, a saída de Zambom impacta diretamente na formação da oposição. Enquanto havia a promessa da polarização entre Pessuto e o PSDB - que outrora teve o ex-deputado estadual Gilmar Gimenes como principal cotado a liderar a candidatura oposicionista -, nomes como os de Henri Dias (PTB), Adélia Menezes e Renato Colombano (Republicanos) e Zé Horácio (PT), surgiam como nomes a emplacar uma "terceira via" nas eleições municipais.

A saída de Zambon abre espaço para que a oposição seja liderada por um desses nomes. Com o possível apoio da ex-prefeita Ana Bim (PSD), e o praticamente certo do policial aposentado Cabo Santos (SD) - força política que condensa apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no município -, o advogado Henri Dias aparece, no momento, como o mais cotado para assumir a figura de principal líder oposicionista.

A busca pela unidade é o maior entrave que a oposição atravessa neste momento, já que uma possível divisão deve facilitar consideravelmente a missão da reeleição de Pessuto.

Neste sentido, algumas conversas entre os nomes de oposição foram realizadas nas últimas semanas com objetivo de haver um consenso e a soma de apoio - político e financeiro -, para uma campanha capaz de competir contra a situação - Pessuto ainda não confirmou, mas deve ser o nome alçado à disputa em novembro pelos governistas.

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