PANDEMIA

Mais uma empresa alemã pretende testar vacina no Brasil

Mais uma empresa alemã pretende testar vacina no Brasil

CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro

CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro

Publicada há 3 anos

Da Redação

A biofarmacêutica alemã CureVac anunciou nesta terça-feira, 11, que pretende testar sua vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 em voluntários brasileiros.

A CureVac, baseada em Tübingen, na Alemanha, está trabalhando na chamada vacina experimental de mRNA. Um tipo de molécula mensageira, o mRNA contém instruções para a produção de proteínas que desencadeariam uma reposta imune. A americana Moderna também desenvolve uma vacina desse tipo.

Segundo informou a infectologista brasileira Sue Ann Clemens, membro do comitê da CureVac, os testes da vacina da empresa devem ser iniciados no país sul-americano em setembro ou outubro.

O diretor de desenvolvimento da vacina da CureVac, Peter Kremsner, afirmou que os testes em andamento na Alemanha têm corrido muito bem.

No final de julho, o governo alemão anunciou que o país estava repassando fundos de um programa especial de 750 milhões de euros (cerca de 4,5 bilhões de reais) para três empresas alemãs que estão desenvolvendo vacinas "promissoras": BioNTech, de Mainz, IDT Biologika, de Dessau, além da CureVac, de Tübingen.

No momento, o Brasil é um dos maiores "laboratórios" de testagem de vacinas contra o coronavírus no mundo por causa da alta incidência de coronavírus. Três vacinas já estão sendo testadas no país. Uma delas é da empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e outra, da chinesa Sinovac.

A terceira é uma parecia entre o laboratório alemão BioNTech e a multinacional americana Pfizer, e começou a ser testada na semana passada.

O número de infectados oficialmente identificados no Brasil passa de 3 milhões – segundo maior número do mundo, depois dos EUA. Mas a incidência é provavelmente muito maior, já que o Brasil tem testado pouco a sua população para identificar infecções. O país acumula mais de 100 mil mortes por covid-19.

O Brasil está sem ministro da Saúde desde meados de maio e o presidente Jair Bolsonaro, que minimizou repetidas vezes os riscos do vírus, segue com uma política de apostar em tratamentos à base de hidroxicloroquina, um fármaco sem eficácia comprovada contra a covid-19.


Fonte: DEUTSCHE WELLE BRASIL

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