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O asfalto chegou! Mas dona Iranilda não conseguiu esperar

O asfalto chegou! Mas dona Iranilda não conseguiu esperar

Cadeirante faleceu sem ver o sonho realizado: acessibilidade na rua de frente a sua casa

Cadeirante faleceu sem ver o sonho realizado: acessibilidade na rua de frente a sua casa

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri

Há cerca de um ano, foi sepultada no Cemitério da Consolação, em Fernandópolis, a artesã Iranilda Alves, 47 anos, vítima de infarto. Iranilda era dependente de cadeira de rodas (manual), que estava toda desgastada, devido à falta de pavimentação na rua Pedro Cazella, na Cohab João Pimenta, zona norte de Fernandópolis, onde residia. Isso dificultava a sua vida. Era uma luta diária para poder sair e entrar na sua residência.

A artesã confidenciou, por diversas vezes, à reportagem que um de seus sonhos era ver a sua rua pavimentada, podendo sair e entrar em casa, sem maiores dificuldades. Em várias oportunidades, a reportagem tentou proporcionar uma solução ao problema junto ao Executivo e Legislativo, porém, “burocracias” emperravam tal solução. 

Iranilda vendia pelas ruas de Fernandópolis toalhas de mesa e banho, guardanapos e lençóis para ajudar nas finanças de casa. As despesas eram altas, mais de 10 caixas de leite por mês eram consumidas pela família, sem contar com as fraldas utilizadas por ela e que somavam mais de R$ 500 por mês.

O asfalto chegou!

Durante a semana a reportagem de O Extra.net esteve na rua Pedro Cazella, na Cohab João Pimenta, e registrou os trabalhos das equipes no local. Algumas pessoas que eram vizinhas de dona Iranilda lamentaram o fato dela não poder ver o sonho realizado. “A gente torcia pro asfalto chegar logo. O que era simples pra gente, era muito complicado pra ela, sair e entrar na casa. Sempre precisava de ajuda”, destacou a professora Paula Oliveira.

Procurada pela reportagem a filha de Iranilda também lamentou o fato de sua mãe não poder ver o seu sonho que era a rua (Pedro Cazella) asfaltada. “Fazer o que. Pena que ela não vai ver”, resumiu a jovem Pamela Alves.   

Os trabalhos de pavimentação da rua foram realizados durante a semana  

Era uma luta diária para dona Iranilda poder sair e entrar na sua residência

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