CRIME BRUTAL

Polícia Civil conclui inquérito e indicia casal por matar personal trainer a facadas

Polícia Civil conclui inquérito e indicia casal por matar personal trainer a facadas

Andressa Serantoni, de 28 anos, foi morta com mais de 30 facadas, em Rio Preto

Andressa Serantoni, de 28 anos, foi morta com mais de 30 facadas, em Rio Preto

Publicada há 3 anos

Andressa morreu após ser esfaqueada em bairro de Rio Preto — Foto: Reprodução/Instagram


Da Redação

A Polícia Civil concluiu o inquérito do homicídio da personal trainer Andressa Serantoni de 28 anos. Ela foi morta a facadas por um casal de vizinhos da mãe dela, no bairro Vila Anchieta, em São José do Rio Preto (SP).

De acordo com a Polícia Civil, Joel Fernandes Santos e Sidileide Normanha da Paixão Santos foram indiciados por homicídio qualificado.

Os dois foram presos em flagrante depois de cometer o homicídio em 12 de agosto e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Depois de concluído, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Rio Preto. Os promotores analisarão os documentos e devem apresentar denúncia contra o casal.

Irmã presenciou o crime

A irmã da personal trainer, Ana Luiza Serantoni Zacaron, de 18 anos, presenciou a ação do casal no dia do crime.

Ela afirmou que estava deitava e ouviu Andressa estacionando a moto na frente da casa da mãe.

Em seguida, escutou a irmã perguntando para Sidileide o motivo de estar sendo gravada com o celular e resolveu ver o que estava acontecendo.

Ao sair da casa, a jovem viu Sidileide pedir para o marido pegar um objeto. Joel foi ao carro da família, pegou duas facas e correu em direção à personal, que não viu o homem se aproximando.

“Ele deu a primeira facada na minha irmã. Eu conseguia vê-lo tirando e enfiando a faca muito rápido. A mulher veio tentar me puxar. Eu a empurrei e fechei o portão, mas conseguia ver tudo. Ela também pegou a faca e começou a esfaquear minha irmã”, contou.

Assustada, a Ana Zacaron relembra que entrou no imóvel da família para pedir ajuda e começou a escutar gritos, retornou para a calçada e viu vizinhos jogando cadeiras para tentar tirar o casal de cima da vítima.

Andressa foi morta com mais de 30 golpes, que se concentraram na região do pescoço e tórax. Contudo, também foram identificadas lesões de defesa nas mãos e nos braços da vítima. O corpo dela foi velado e enterrado no cemitério Jardim da Paz.

“Vai ser muito difícil seguir a vida sem ela, porque ela era a pessoa mais importante da minha vida, sem dúvidas. A gente tinha uma ligação muito forte. Minha mãe está muito abalada. Como eu vi a cena, é muito difícil esquecer. Tento pensar nas coisas boas que ela fez, o jeito que ela cuidava de mim”, afirmou Ana.

Prisão

Depois de cometerem o crime, Joel e Sidileide se esconderam em casa. A Polícia Militar foi acionada, pulou o muro da residência e encontrou o casal acompanhado dos filhos, que possuem idades entre 4 e 12 anos.

Os dois foram presos, levados à delegacia e autuados por homicídio qualificado por motivo fútil. Eles passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão convertida em preventiva.

O homem foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto. A mulher permanece à disposição da Justiça na Cadeia Feminina de Nhandeara (SP). Os filhos do casal foram levados ao Conselho Tutelar e encaminhados para um abrigo do município.

Passagem pela polícia

Joel responde na Justiça por uma tentativa de homicídio contra um vizinho, em 2015. De acordo com o processo, o criminoso tentou matar um homem no bairro Maria Lúcia, também em Rio Preto.

Na ocasião, ele discutiu e agrediu a vítima com um facão, mas ela conseguiu escapar. O motivo seria o barulho na casa da vítima.

O suspeito responde a esse crime em liberdade e deve ir a júri popular. O Tribunal de Justiça ainda não marcou o julgamento. O advogado de defesa de Joel neste caso disse que tramita recurso para derrubar uma das duas qualificadoras do crime.

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