ARTIGO

Fisioterapia é aliada no combate à oesteoporose

Fisioterapia é aliada no combate à oesteoporose

Por Dra. Érica C. S. Tazinaffo

Por Dra. Érica C. S. Tazinaffo

Publicada há 3 anos

Apesar da osteoporose ser uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa, enfraquecimento dos ossos por deterioração da microarquitetura tecidual (o que os torna frágeis e suscetíveis a fraturas), um fator importante na terapia é a introdução de exercícios. Neste contexto, a fisioterapia tem papel fundamental tanto na adequação de vida, quanto na orientação de atividades físicas.

 Não se deve proibir o portador de osteoporose de andar, caminhar, tomar sol, tudo pelo receio da fratura, mas sim é necessário e importante adequar sua vida e suas necessidades e reduzir riscos. “A fisioterapia é indicada para prevenir complicações, como deformidades e fraturas ósseas e também para fortalecer músculos, ossos e articulações, para assim melhorar a qualidade de vida do paciente. Ela ainda oferece benefícios cardíacos e respiratórios, além de favorecer o equilíbrio, fator importante para se evitar quedas”. As sessões de fisioterapia são indicadas de duas a quatro vezes por semana, na clínica ou em domicílio, mas não exclui a necessidade de uma alimentação rica em cálcio e de medicamentos receitados pelo médico. “Os exercícios fisioterapêuticos podem prevenir deformidades, como a posição corcunda, melhora do tônus muscular e para manter a boa amplitude das articulações. As atividades precisam ser individualizadas e orientadas por um profissional, para que sejam adequadas de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente”.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada quatro mulheres com mais de 50 anos desenvolve a doença. No Brasil, a cada ano, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da patologia. A entidade também identificou que 200 mil pessoas morrem todos os anos no país devido à doença. Mesmo após uma fratura osteoporótica, o diagnóstico acaba não sendo feito e o paciente não é encaminhado para tratamento, de acordo com a Sociedade. Nos estágios iniciais da osteoporose a perda de massa óssea é assintomática. “Quando a perda óssea é mais significativa e acarreta em alterações clínicas, observa-se uma diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal, devido a deformidades por compressão ou fratura das vértebras. Como consequência de quedas, macro traumas ou mesmo de baixo impacto, podem causar também fraturas dos ossos longos (fêmur e rádio). Assim que a osteoporose for diagnosticada, um acompanhamento médico é essencial. São recomendados medicamentos específicos que aumentem a absorção do cálcio e sua deposição nos ossos, suplementação de cálcio e vitamina D”.

Para evitar as quedas e as lesões, aconselha a retirada de tapetes, uma disposição adequada de móveis e evitar o uso indiscriminado de tranquilizantes. “Outros exercícios como caminhadas, dança, hidroginástica, pilates ou ioga também são recomendados no tratamento porque ajudam a retardar a perda da massa óssea e melhoraram o equilíbrio e a força. No entanto, estes movimentos só devem ser desenvolvidos sob a supervisão do fisioterapeuta”.

O principal exame para rastreamento e diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo e pode identificar quando eles estão muito finos ou então quando a perda ainda está no início. Além desse, a radiografia também pode ser utilizada para a investigação da doença.



Dra. Érica C. S. Tazinaffo

Fisioterapeuta/CREFITO 47/078-3

- Socia/proprietária Clínica Bem Estar.

- Trabalha na Rede de Reabilitação Lucy Montoro Fernandópolis.

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