Da Redação

O governo paulista anunciou hoje que decidiu antecipar a próxima reclassificação do Plano SP para sexta-feira (15), quando regiões do estado devem regredir de fase por conta da piora dos índices da pandemia de covid-19. A nova atualização estava programada para 5 de fevereiro.

A capital deve continuar na fase amarela do programa. Até o momento, autoridades da secretaria de Saúde municipal não foram informadas se haverá regressão de fase. A pasta considera que os índices de internações continuam subindo na cidade, mas alega que os números ainda estão dentro dos padrões para a fase amarela.

O anúncio da nova reclassificação foi feito hoje pelo governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A última atualização havia sido na sexta-feira (8). Três regiões regrediram da fase amarela para a laranja, com 90% da população do estado se mantendo na fase amarela, incluindo a capital.

Essa decisão de antecipar a reclassificação do Plano SP é um reflexo dos novos parâmetros utilizados pela secretaria de Saúde do Estado para medir o avanço da doença em cada região.

Um subgrupo do Centro de Contingência ao Coronavírus elaborou esse novo método com o intuito de endurecer a quarentena em São Paulo. O Centro de Contingência é uma pasta independente, que conta com infectologistas e epidemiologistas, e foi criado pelo governo paulista com o objetivo de sugerir e guiar as ações no controle da pandemia de covid-19.

Situação atual

Atualmente, o estado segue com a tendência de alta nas contaminações pelo novo coronavírus, o que tem resultado em piora nos índices de ocupação de leitos de UTI. No estado, 66,3% destes já estão ocupados, enquanto a Grande São Paulo tem 67,7%.

Na classificação determinada pelo Plano SP, as regiões de Marília, Sorocaba e Registro estão na fase laranja desde anteontem (11), após regredirem da amarela. Elas se juntaram a Presidente Prudente, que subiu da fase vermelha para a laranja.

O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, disse que o cenário da pandemia vai piorar. "Estamos tendo revelações e números maiores estarão presentes. Precisamos que toda população esteja atenta, seguindo rituais e normas sanitárias", disse.

Há um consenso entre todos os médicos do comitê de saúde de que o Estado deve chegar em um novo pico de contaminações e internações no final de janeiro. Para os infectologistas, isso é uma consequência direta das aglomerações nas festas de final de ano.