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Reforço do Bahia, Raniele relata que passou fome quando jogava no FFC

Reforço do Bahia, Raniele relata que passou fome quando jogava no FFC

Jogador passou pelas categorias de base da equipe fernandopolense

Jogador passou pelas categorias de base da equipe fernandopolense

Publicada há 3 anos

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O meio-campista Raniele com a camisa do Bahia - Foto: Divulgação

Da Redação/Uol

O glamour e a possibilidade de aproveitarem estruturas de alta qualidade que alguns atletas conseguem desfrutar a nível nacional ou global são verdadeiros contrastes do que muitos deles precisaram passar, em situações de adversidade, na luta para se tornarem profissionais.

Em mais uma das histórias que mostra o encanto que milhares de jovens no Brasil possuem pelo esporte, o meio-campista Raniele fez um relato tocante de como chegou até mesmo a passar fome quando atuava nas categorias de base do Fernandópolis.

Natural de Baixa Grande, município que fica a mais de 250 quilômetros de Salvador, o jogador de 24 anos de idade não tinha como se manter em outro estado e dependia, essencialmente, da precária estrutura que o clube paulista poderia oferecer.

- Era difícil, porque eu tinha duas opções: ou falava para o meu pai que estava morrendo de fome e ele ia falar para eu voltar para casa de algum jeito; ou eu ia para cima. Eu tinha o sonho de ser profissional, então eu precisava passar por aquilo ali. Eu estava no sub-20 ali (em Fernandópolis). Às vezes tinha refeição, às vezes não. A gente tinha que esperar o profissional comer, você vê a 'rapaziada' comendo e depois mal sobrava comida. Era tudo muito limitado. A gente treinava com fome, esperava chegar o outro dia. Quem tinha dinheiro, comprava comida. Quem não tinha, bebia água e dormia para no outro dia acordar e treinar. Era complicado, mas tive de passar por isso para aprender a valorizar o que eu tenho hoje.

Tendo rodado por várias outras equipes até chegar ao Esquadrão (Ferroviária, Portuguesa, Jacuipense e Botafogo-SP), Raniele poderia ter iniciado a sua trajetória justamente no Esquadrão. Porém, tanto o Tricolor como o arquirrival, Vitória, o reprovaram nos testes feitos:

- Foi muito trabalho. Assim como fui recusado no Vitória, que fiquei até mais tempo, no Bahia foi uma avaliação e duas semanas de teste. Mas não tem nada de rancor, nem nada. Não era o momento, eu não tinha qualidade o bastante na época mas, conforme o tempo passou, eu evoluí e fiquei mais pronto para integrar o elenco. É um clube que eu sonhava jogar, um dos maiores do Brasil, o maior do Nordeste... Qualquer jogador sonha atuar aqui. Quando eu era moleque, não deu certo, mas agora deu. Tudo no tempo de Deus.

A estreia do elenco Sub-23 no Baianão, torneio onde o clube busca o tetra, será no domingo, 21, recebendo na Arena Fonte Nova o Juazeirense.


Fonte: www.uol.com.br

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