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Reclamação com o som da buzina de trens ganha os muros: “queremos dormir”
Reclamação com o som da buzina de trens ganha os muros: “queremos dormir”
Segundo pessoas que moram próximas à linha férrea, na zona sul de Fernandópolis, som aumentou de intensidade e está “tirando o sono” da vizinhança
Segundo pessoas que moram próximas à linha férrea, na zona sul de Fernandópolis, som aumentou de intensidade e está “tirando o sono” da vizinhança
Breno Guarnieri
O som da buzina de trens tem incomodado os moradores da zona sul de Fernandópolis. Eles dizem que o som aumentou de intensidade e quantidade, passando a acontecer várias horas do dia, da noite e da madrugada.
Algumas pichações em muros de residências, situadas próximas à linha férrea, retratam a insatisfação da vizinhança. “Locomotiva infernal/Queremos dormir” e “Trem maldito” são alguns dos dizeres que estão pichados nos muros.
“Eu não sei quem pichou os muros, mas tenho de reconhecer que isso (pichação) reflete a nossa insatisfação com o barulho da buzina. Acredito que tenham pichado em muros próximos à linha férrea para o maquinista conseguir ler. Realmente, são muitos moradores irritados com a situação”, destacou a dona de casa, Marlene Nogueira, moradora no Parque Universitário.
“Mudou a intensidade e a repetição dos apitos do trem. Demora muito mais e repete mais vezes. Isso tem incomodado muito. Está difícil de dormir, ultimamente. O que nós (moradores) gostaríamos é de que não tivesse esse ‘buzinaço’ de madrugada”, completou a professora, Sueli Ribeiro, moradora do Jardim Residencial Santo Afonso.
Em contato com a Rumo Logística, a reportagem de O Extra.net foi informada de que as operações da concessionária seguem todas as normas de segurança vigentes e procuram causar o menor impacto possível à população. Confira a nota:
“Ferrovias do mundo inteiro fazem uso da buzina pois trata-se de um item essencial para a segurança do trem, dos veículos e das pessoas que estão próximas à linha. A intensidade da buzina atende as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e os maquinistas são periodicamente treinados e auditados para seguir corretamente o procedimento de uso desse dispositivo. A buzina é sempre acionada nas passagens em nível, nas proximidades de túneis, pontes, viadutos, e passarelas ou quando se identifica qualquer situação de risco. É importante ressaltar que, caso haja circulação de pessoas em área operacional da ferrovia, o maquinista pode utilizar o dispositivo sequencialmente para alertar e evitar atropelamentos. Toda ferrovia de carga funciona 24 horas por dia e os horários de circulação dos trens dependem das operações de carregamento e descarregamento, entre outros fatores”, diz nota da Rumo Logística.
“Acredito que tenham pichado em muros próximos à linha férrea para o maquinista conseguir ler”, diz moradora da zona sul de Fernandópolis