Hospital de Amor, em Barretos - Foto: Crédito: Divulgação Hospital de Amor

Da Redação/G1

O Hospital de Amor, instituição de referência no tratamento do câncer no país, interrompe os atendimentos ambulatoriais e hospitalares a partir desta segunda-feira, 22, em Barretos. A suspensão é uma medida de contenção da Covid-19 e tem validade ao menos até 4 de abril.

Os atendimentos emergenciais como cirurgias de urgência e continuidade nos tratamentos de radioterapia e quimioterapia irão continuar. Além disso, o hospital infantil e a unidade de cuidados paliativos continuarão funcionando normalmente.

O tratamento de medicina nuclear também será feito durante as duas semanas de paralisação.

Covid-19

De acordo com o diretor clínico do hospital, Marcos Duarte, os pacientes que tiverem agendamentos neste período serão avisados. As consultas podem ser realizadas até por telemedicina, a depender da necessidade.

Ele explica que dos motivos para a suspensão dos atendimentos é a falta de profissionais e de insumos, além do aumento de casos positivos do novo coronavírus dentro da unidade.

“Vários pacientes já com afastamento por causa da doença, coisa que a gente não havia enfrentado na primeira fase. Então, para evitar o colapso no sistema de atendimento, nós tivemos que fazer uma pausa nas próximas duas semanas”, diz.

Falta de insumos

De acordo com Duarte, o Hospital de Amor está com falta de insumos para o tratamento dos pacientes. Segundo o diretor, por conta da grande demanda, o valor dos insumos, como luvas e máscaras, aumentaram.

“As vendas do fabricante estão comprometidas por várias encomendas, até do próprio governo que teve que fazer um pedido maior que o normal. Então [os fabricantes] não tão conseguindo suprir o aumento da nossa necessidade”, conta.

Ocupação hospitalar

A rede hospitalar de Barretos é administrada pela equipe do Hospital de Amor. De acordo com o diretor clínico, a taxa de ocupação das UTIs da ala Covid-19 está em 100% há três semanas.

O Hospital Nossa Senhora de Barretos, também da rede do Hospital de Amor, tinha, no começo da pandemia, oito leitos de UTI para tratamento de Covid-19. Atualmente, são 52 leitos para o atendimento de pacientes mais graves. Todos estão ocupados.

“Essa necessidade de fechamento é para conseguirmos evitar que falte leito de UTI para os pacientes que precisem”, explica o diretor.

Fonte: g1.globo.com