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Motoboys pedem prioridade na vacinação em Fernandópolis: “somos linha de frente”

Motoboys pedem prioridade na vacinação em Fernandópolis: “somos linha de frente”

À reportagem os profissionais salientam que fazem entregas de comida na UPA e na Santa Casa, locais com maior chance de contágio do coronavírus

À reportagem os profissionais salientam que fazem entregas de comida na UPA e na Santa Casa, locais com maior chance de contágio do coronavírus

Publicada há 2 anos

Breno Guarnieri

Trabalhando mesmo nas fases mais restritivas desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, os entregadores, em Fernandópolis, estão pedindo para serem priorizados nos planos de vacinação contra a Covid-19.

Informações dão conta de que os profissionais reclamam da falta de assistência em razão do aumento da demanda pelas entregas, um serviço considerado essencial durante o isolamento social.

De acordo com o entregador Sergio Mera, 38 anos, ele e diversos companheiros de trabalho viajam pela cidade todos os dias e não sabem se o cliente pode estar contaminado ou não.

“Somos linha de frente, sim. Inclusive, fazemos entregas de comida na UPA e na Santa Casa (zonas de risco de contaminação). Temos o contato com o cliente, que muitas das vezes, é o próprio paciente e não está de máscara. Precisamos de uma atenção maior em relação à categoria, pois como os médicos e enfermeiros também estamos tendo contato com várias pessoas no dia a dia”, ressalta.

Ainda de acordo com Sergio, a categoria quer mostrar as suas condições, tendo em vista que não adianta fechar o restaurante e não manter os cuidados com os entregadores. “O que acontece muito é que a pessoa só avisa que está com Covid quando terminamos de fazer a entrega. A pessoa vai até o portão, tem contato com a gente, e, no final, avisa que está em isolamento por causa da doença. Mesmo a gente de máscara é complicada a situação. Todos precisam do emprego e não podemos parar”, salienta.

Programação

A programação para a aplicação das vacinas em Fernandópolis é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica do município, e acontece de acordo com o calendário de prioridades estabelecido pelo Ministério da Saúde.

Até o fechamento desta matéria, o município havia registrado, desde o início da pandemia, 8.271 casos positivos e 185 mortes ocasionadas pela Covid-19.


Sergio Mera durante as entregas em meio à pandemia 


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