POLÍTICA
Bolsonaro ameaça decreto e insinua contra China; Pinato quer interdição civil
Bolsonaro ameaça decreto e insinua contra China; Pinato quer interdição civil
Presidente ainda defendeu tratamento precoce e inanição da Justiça
Presidente ainda defendeu tratamento precoce e inanição da Justiça
Bolsonaro ameaça decreto e insinua contra China; Pinato quer interdição civil
Mais um dia daqueles em Brasília-DF e nos meios políticos e financeiros do país e, novamente, com o presidente no epicentro.
Desta vez - e novamente -, Bolsonaro fez um discurso inflamado durante cerimonial no Palácio do Planalto defendendo o tratamento precoce contra a Covid-19, com uso de medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina, substâncias com ineficácia cientificamente comprovada para a doença.
E não foi só!
O presidente ameaçou editar um decreto contra medidas de restrição contra a Covid-19 que "nenhum tribunal vai contestar". Ele também disse que "não espera baixar o decreto", mas caso tome a decisão "ele será cumprido com todas as forças que todos meus ministros têm. Tal ato supostamente impediria que governadores e prefeitos decretassem lockdown para conter a propagação do Coronavírus.
NOVA INSINUAÇÃO
No discurso, Bolsonaro insinuou, sem mencionar a China, que o novo coronavírus pode ter nascido "em laboratório". Em seguida, questionou se "não estamos enfrentando uma nova guerra".
Logo após, referindo-se ao país que teria produzido o vírus, ele indagou: Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês.
REAÇÃO PESADÍSSIMA
O presidente da Frente Parlamentar Brasil China, o deputado federal Fausto Pinato foi uma das lideranças que se manifestou contra as declarações presidenciais.
Ele afirmou que não compactuará com afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China, que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia da Covid-19 e pela vacinação dos brasileiros.
"Ofensas à China não podem ser usadas para ofuscar verdades que estão se tornando públicas na CPI da Covid-19", afirmou Pinato.
Confira, abaixo, o pronunciamento oficial da Frente Parlamentar: