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Um ano após 1ª morte por Covid, Fernandópolis em momento crítico na pandemia

Um ano após 1ª morte por Covid, Fernandópolis em momento crítico na pandemia

Em um ano, 244 pessoas morreram no município vítimas da doença; apenas nos 11 primeiros dias de junho já são 16 mortes

Em um ano, 244 pessoas morreram no município vítimas da doença; apenas nos 11 primeiros dias de junho já são 16 mortes

Publicada há 2 anos

Breno Guarnieri 

O primeiro anúncio de morte por Covid-19, em Fernandópolis, feito pelo governo municipal completou um ano na última segunda-feira, dia 7. A vítima foi a matriarca da família Sato, Sueno Sato, que, na ocasião, chegou a ser transferida para UTI e era portadora de comorbidades. 

A angústia, que cercava a família nos momentos iniciais da pandemia, era refletida nas inúmeras homenagens enviadas, por meio das redes sociais, a dona Sueno Sato. Na oportunidade, o sepultamento precisou seguir as instruções sanitárias, ocorrendo com caixão lacrado e sem velório.

Até o fechamento desta edição, Fernandópolis acumulava, desde o início da pandemia, 9.898 pessoas infectadas pela doença no município. Desde a primeira vítima fatal, de lá para cá, o município registrou mais 243 óbitos por causa do novo coronavírus. Nos 11 primeiros dias de junho já são 16 mortes registradas.

Chorando seus mortos!

O prefeito André Pessuto, por meio das redes sociais, durante a semana, realizou um desabafo em relação à fiscalização aos estabelecimentos comerciais durante a pandemia em Fernandópolis. “Hoje (quarta-feira) aconteceu a reunião entre os fiscais e o comando da Polícia Militar para definir os próximos passos da fiscalização. Isso vai resolver os problemas: ainda não. Enquanto muitos ainda duvidarem da doença, ficarem promovendo encontros familiares, festinhas e desrespeitando os fiscais como vem ocorrendo em alguns casos, não vai adiantar“, destaca.

Ainda de acordo com o prefeito, está tendo, durante a fiscalização, muito desrespeito com os fiscais. “Por favor, respeitem a fiscalização, respeitem o fiscal. Ele está na rua trabalhando. Com certeza ele preferia estar em casa descansando com sua família. Se ele multar (45 já foram multados) ou chegar ao caso extremo de lacrar, é devido à irregularidade constatada, então acate e respeite. Direto estamos com relatos na UPA e Santa Casa de famílias chorando seus mortos, muitos em decorrência das festinhas. Somente juntos vamos sair dessa”, completa André.

Unidade de apoio

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, recentemente, que para desafogar os atendimentos na UPA (Unidade de Ponto Atendimento), houve a necessidade de utilizar a unidade de apoio que estava em “stand-by” (em espera), na CEMEI Ângelo Finoto, ao lado da UPA, na zona sul de Fernandópolis.

Desta forma, todos os casos de urgência e emergência 24h da UPA serão atendidos na escola municipal. A área da administração escolar está isolada sem correr risco de contaminação, garante a Prefeitura

A UPA está com atendimento exclusivo para pacientes com síndromes gripais e Covid, garantindo melhores acomodações e respaldo a todos. A medida será por tempo indeterminado. 


Sueno Sato: a primeira vítima fatal de Covid-19 em Fernandópolis

 

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