O efeito da cólera

O efeito da cólera

Quantas bençãos perdemos por trazermos o ódio e a cólera no coração?

Quantas bençãos perdemos por trazermos o ódio e a cólera no coração?

Publicada há 2 anos

MINUTINHO

A riqueza

Por: Autoria desconhecida

O verdadeiro possuidor é sempre o melhor doador.

O que se tem, se deve. Quando se oferece, se possui.

Na contabilidade da vida, a verdadeira posse se apresenta como o bem que se oferta e proporciona alegria, ao invés de significar o recurso que se armazena, permanecendo inútil.

A verdadeira doação enriquece aquele que a faz, certamente beneficiando quem a recebe.

Convencionalmente, a pessoa que economiza e guarda valores amoedados torna-se rica. Quase sempre, porém, se amesquinha, apaixonando-se pelos haveres de que se faz prisioneira.

Há, em consequência, sistemas que se encarregam de amealhar e ensinar a poupar, gerando as cirandas de investimentos, que permitem conseguir lucros e vantagens.

Os que se tornam ricos dessa forma vivem em constante ansiedade em relação às oscilações do câmbio, das bolsas, dos títulos. Pobres de sentimentos elevados, vítimas da ganância financeira.

A riqueza, em si mesma, não é boa, nem é má, dependendo de quem a usa e de como é utilizada.

Com facilidade gera o apego e o medo de ser perdida.

Empobrece outros indivíduos, enquanto dorme nos cofres da avareza, permitindo que a miséria se generalize.


CRÔNICA

O efeito da cólera

Por: Meimei

Um velho judeu, de alma torturada por pesados remorsos chegou certo dia, aos pés de Jesus e confessou-lhes estranhos pecados. Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de suas terras e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, aflição e a morte.

Achava-se desse modo, enfermo, aflito e perturbado. Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.

O mestre Divino, porém ali mesmo na casa de Simão Pedro, onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida disse-lhe:

- Vai em paz e não peques mais.

O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrara o corpo, sentiu- se curado e saiu rendendo graças a Deus. Parecia plenamente feliz, quando ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo à frente da casa de Simão, um pobre mendigo, sem querer pisou-lhe num dos calos que trazia nos pés. O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas. Estabeleceu-se grande tumulto. Jesus veio à rua apaziguar os ânimos. Contemplando a vítima das bengaladas em sangue, abeirou-se do ofensor recém curado e falou;

- Depois de receberes o perdão em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado que tu?

O velho judeu, agora muito pálido pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo:

- Mestre, socorre-me... Sinto-me desfalecer que será isto?

Mas, Jesus apenas respondeu muito triste:

- Isso irmão é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração.

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