Vacinas da alma!

Vacinas da alma!

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações

Publicada há 2 anos

MINUTINHO

Vacinas da alma

Por: Chico Xavier/Emmanuel

Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão. Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem. Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias. Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã. 

Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos. 

Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando. 

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações. 

Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação. 

CRÔNICA

Reação na medida certa

Por: Autoria desconhecida

Eu pude presenciar quando meu irmão pequeno foi apanhado em flagrante. Ele se agachou no canto da sala, com um dos livros preferidos de meu pai em uma das mãos e com uma caneta na outra. Ele sabia que havia feito uma arte e meu pai, coincidentemente, acabara de entrar na sala. De longe vi que meu irmão tinha rabiscado toda a primeira página do livro. Com um olhar de grande temor, eu e meu irmão esperávamos pelo castigo que viria. Porém papai pegou seu hinário de estimação, olhou atentamente para os rabiscos e sem dizer uma palavra ele sentou-se. Silêncio geral!

Ele dava muito valor aos livros mas também nos amava muito. O que ele fez em seguida foi notável. Uma lição de vida! 

Imagem: ilustração

Ao invés de castigar meu irmão, de ralhar, gritar ou repreender, ele tomou-lhe a caneta e escreveu ao lado dos rabiscos: “Palavras do meu filho Marquinhos, dois anos de idade, 2009. Eu agradeço muito a Deus pelo meu filho que acaba de rabiscar o meu livro. Sempre o notei olhando com ternura e com muita atenção para mim e estes rabiscos servirão para que me lembre dele e de seus irmãos por toda a minha vida”.

Eu pensei isso é castigo? 

De vez em quando eu pego um livro e dou a meus filhos para rabiscarem e depois escrevo ao lado o nome deles. E quando olho para aquela arte eu me lembro de meu pai e do quanto me ensinou sobre o que é mais importante: pessoas e não objetos; tolerância e não julgamento; amor que está no mais profundo do coração da família. Eu penso nessas coisas e sorrio... E sussurro, “obrigado, papai”!

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