MACEDÔNIA

Eleitores rejeitam ‘reeleição’ de presidente da Câmara e maioria é favorável à cassação

Eleitores rejeitam ‘reeleição’ de presidente da Câmara e maioria é favorável à cassação

40% apoiam cassação do mandato de Mônica e 46% refutam a recondução à presidência

40% apoiam cassação do mandato de Mônica e 46% refutam a recondução à presidência

Publicada há 2 anos

Mônica Vieira ameaça: “tenho várias denúncias para serem feitas”

Da Redação

O site Região Noroeste publicou na tarde desta sexta-feira, 24, pesquisa de opinião pública realizada pela Agência Impacto em Macedônia, no dia 19 de setembro, quando 260 eleitores, subdivididos, proporcionalmente, em 4 setores, mostram que 40% apoiam a cassação do mandato da vereadora Mônica Vieira da Silva (PTB). Apenas 16,15% são contra seu afastamento do cargo.

Um cenário ainda pior à vereadora Mônica surge quando a pergunta é sobre sua recondução à presidência da Câmara: 46,92% rejeitam as manobras dos vereadores para recolocar Mônica no comando do Legislativo, indicando reprovação da população em relação ao ato dos vereadores.

A atual situação do Legislativo de Macedônia sustenta a alta taxa de reprovação da Câmara Municipal e somente 13,08% aprovam o retorno da vereadora ao cargo de presidente.

DENÚNCIAS

Por cinco votos favoráveis e quatro contrários, a Câmara Municipal de Macedônia aprovou a criação de duas Comissões Processantes para investigar duas denúncias contra a atual presidente, Mônica Vieira.

O caso trata de investigação para apurar se realmente a vereadora invadiu imóvel pertencente à Prefeitura de Macedônia, e se as contas de água e energia foram pagas pelo município, o que neste caso teria provocado prejuízos aos cofres públicos em benefício individual indevido. Os fatos são de 2020.

A segunda denúncia formulada pelo advogado de Fernandópolis, Agostinho Pagoto, aponta irregularidades na contratação de um advogado para defender Mônica no processo investigatório. O advogado teria sido contratado pelo próprio Poder Legislativo pelo valor bruto de R$ 3.500,00 para defender interesses pessoais e particulares de vereadores, que teriam descumprido o regimento interno a fim de se beneficiarem dos cargos da Mesa Diretora.

Ele atuou na prestação de serviços advocatícios em defesa nos autos do Mandado de Segurança nº 1000663- 15.2021.8.26.0189, em trâmite perante a 1ª Vara Cível de Fernandópolis. A alegação de Pagoto é que nos autos do Mandado de Segurança mencionado a Câmara Municipal não figurava como parte do polo passivo da ação.

A ação foi proposta em desfavor das pessoas físicas dos vereadores eleitos, em especial os que compõem a Mesa Diretora, em razão de todos serem filiados ao mesmo partido político, PTB. Eles são acusados de violar o regimento interno que obrigaria a Mesa Diretora ser composta por representantes de partidos diferentes. 

A atual presidente da Câmara, Mônica Vieira foi impedida, por decisão judicial, de participar da votação das duas matérias, sendo substituída pelo 1º suplente, analista de sistemas, Valdemir Pontes Ferreira Junior, que também é servidor público municipal.

O juiz da 3ª Vara Cível de Fernandópolis determinou que a Câmara de Vereadores de Macedônia convocasse imediatamente o primeiro suplente da presidente Mônica Vieira para que vote no processo de cassação de mandato da vereadora. Segundo o magistrado, a presidência da casa de lei desrespeitou a ordem legal de convocação dos suplentes desobedecendo à legislação federal.

No final da sessão, Mônica usou a tribuna para mencionar que também tem várias denúncias para serem feitas e que não tem medo de ninguém, declarando uma guerra política na cidade.


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