João Leonel

Até esta quinta-feira (3), a Santa Casa não contava com a liberação de recursos para abertura de 3 novos leitos de UTI-Covid, como negociado com a DRS-XV, após a desativação da última ala exclusiva para atendimento de pacientes com coronavírus, determinada exatamente pelo Departamento Regional de Saúde em dezembro de 2021.

Na semana passada, o que estava sendo preparado no hospital era a abertura, em espaço físico adequado, de 3 leitos para tratamento intensivo de pacientes que apresentassem complicações mais graves causados pela doença.

Já no início desta semana, a Santa Casa foi surpreendida: o limite mínimo deve ser de 5 leitos UTI-Covid, caso contrário não haverá repasse algum. 

Uma nova ala do hospital deverá ser equipada apropriadamente, gerando custos. E a nova exigência do mínimo de vagas se esbarra ainda na dificuldade para contratação de equipe de enfermagem e médico intensivista.

Faltam profissionais livres no mercado nesse momento, e não há recurso financeiro para as efetivas contratações.

Como os repasses de verba carimbadas da Saúde sempre são insuficientes por parte das esferas federal e estadual, prejuízos, consequentemente, são contabilizados nos cofres da Santa Casa.

Para colocar em prática a estrutura necessária com 5 leitos, resta à esfera municipal de toda a microrregião de Fernandópolis contribuir, caso contrário, o hospital não terá vagas para UTI-Covid.

A reportagem está confirmando os valores recebidos pelos 13 municípios integrantes do CISARF (Consórcio Intermunicipal da Saúde da Região de Fernandópolis) via FNS (Fundo Nacional da Saúde), específicos para enfrentamento da Covid, e o quanto cada prefeitura repassou à Santa Casa durante a pandemia.

Em breve, novidades.

Santa Casa não suporta mais prejuízos sem receber os devidos repasses