SANTA CASA

“A frieza das regras não pode falar mais alto”: morador denuncia omissão de socorro

“A frieza das regras não pode falar mais alto”: morador denuncia omissão de socorro

Denunciante relata que atendimento médico, em Jales, foi negado ao seu filho de 1 ano; hospital defende protocolo e salienta que não realiza atendimentos gripais

Denunciante relata que atendimento médico, em Jales, foi negado ao seu filho de 1 ano; hospital defende protocolo e salienta que não realiza atendimentos gripais

Publicada há 1 ano

Frank Wendel Chossani denuncia omissão de socorro ao seu filho de 1 ano por parte da Santa Casa de Jales 


Breno Guarnieri

Um morador de Populina, município localizado a 58 quilômetros de Fernandópolis, registrou um boletim de ocorrência, no último dia 16, contra a Santa Casa de Jales por omissão de socorro após ter atendimento médico negado ao seu filho de 1 ano.

À reportagem de O Extra.net, Frank Wendel Chossani, tabelião e registrador do Cartório de Populina, informou que se deslocou durante a madrugada, por volta de 1h40, até à Santa Casa de Jales com a intenção de que seu filho fosse atendido pelo pediatra de plantão. Na oportunidade, a criança estava com um pouco de dificuldade para respirar.

“Ao chegarmos à Santa Casa recebemos a informação de que meu filho não seria atendido, por estar com sintomas de síndrome gripal, e que deveríamos ir até uma UPA para realizar exame de Covid-19. Pedi para falar com o responsável pelo plantão da Santa Casa, ocasião em que uma enfermeira se apresentou e me disse que de fato o protocolo era aquele. Solicitei um atestado de comparecimento ao hospital, mas não pude aguardar (evidentemente), afinal meu filho precisava de atendimento. Corri para a UPA e, em decorrência de um atendimento de emergência, só fomos atendidos às 3h40. A minha indignação ficou por conta do fato da UPA ter um protocolo (a princípio de conhecimento da Santa Casa de Jales) que só permite o exame de Covid-19 em caso de internação. Na Santa Casa de Jales nada falaram a respeito”, destaca Frank.

O morador de Populina ainda acrescenta: “meu filho foi bem atendido na UPA, mas o exame não foi realizado uma vez que o hospital (Santa Casa) não indicou se era caso de internação ou não. Nem poderia indicar, tendo em vista que negou o atendimento imediato”.

Reclamações e B.O.

Frank, insatisfeito com a conduta da Santa Casa de Jales, formulou reclamações. “Eu formulei reclamação junto à Diretoria Regional de Saúde (DRS XV – Rio Preto). Também entrei em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Jales, onde fui informado de que a gestão referente a tal situação é de cunho estadual. Também formulei boletim de ocorrência (omissão de socorro). Diante de tudo isso (entre protocolo e burocracia) a conclusão é de que quem sai perdendo é a sociedade. Sei da necessidade da adoção de protocolos, mas a frieza das regras não pode falar mais alto do que a necessidade do atendimento à pessoa humana. Quanto ao meu bebê - ele está bem. Foi diagnosticado com um quadro de laringite”, finaliza.

Protocolo

Em nota, a Santa Casa de Jales informou à reportagem que não realiza atendimentos gripais na instituição “por questão relacionada à estrutura física, desta forma a orientação é que o paciente procure a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”.

Reclamação junto à Diretoria Regional de Saúde e o registro do B.O. 

 


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