ESPORTE

FPF suspeita de manipulação em jogos do grupo do Fefecê e pede investigação à Polícia

FPF suspeita de manipulação em jogos do grupo do Fefecê e pede investigação à Polícia

Num lance, jogador do Andradina quase fez gol contra de calcanhar, mas goleiro defendeu

Num lance, jogador do Andradina quase fez gol contra de calcanhar, mas goleiro defendeu

Publicada há 1 ano

Da Redação 

A Federação Paulista de Futebol prepara um ofício à polícia civil de São Paulo para que investigue uma suspeita de manipulação de resultados na Quarta Divisão Estadual.

Há indícios de que atletas do Andradina tenham atuado de modo a prejudicar a própria equipe no duelo em que o time foi goleado pelo Catanduva por 7 a 1, na última sexta-feira.

Um ofício será encaminhado à Drade (Delegacia de Repressão aos Crimes de Intolerância Esportiva), responsável por casos como esse. A procuradoria do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo também será oficiada.

Há três jogos em investigação sob suspeita de manipulação de resultados, dois deles do Andradina: contra o Catanduva e contra o Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê), derrota por 4 a 2. As três equipes fazem parte do Grupo 1 do Paulista da Quarta Divisão. A terceira partida é Independente 2 x 2 Capivariano, pelo Paulista sub-20.

De acordo com uma pessoa com conhecimento das apurações, dois desses jogos têm grau elevado de suspeita, enquanto outro tem grau médio.

Na segunda-feira, o presidente do Andradina, Nei Giron, o técnico Rogério Ferreira, o China, e membros da equipe de arbitragem foram ouvidos pela delegada Margarete Barreto, que é membro da Comissão de Integridade e da Corregedoria de Arbitragem da FPF.

Ela prepara um relatório para encaminhar junto com os ofícios à polícia civil e ao TJD.

Nos depoimentos, os membros da equipe de arbitragem teriam afirmado “estranhamento” com alguns lances do jogo.

"Vou ser sincero, estou vendo um certo exagero. No outro dia do que aconteceu em Catanduva (derrota por 7 a 1), teve um jogo que foi 8 a 1 (União Mogi x Atlético Mogi). O jogo estava 2 a 0 e o juiz deu um pênalti para nós, mas não expulsou o goleiro que derrubou nosso atacante. Fizemos 2 a 1 e o jogo ficou super equilibrado até metade do segundo tempo", disse o presidente do Andradina, Nei Giron.

"Me perguntaram também por que um jogador tentou fazer um golaço de calcanhar, mas contra. Prefiro acreditar que é ruindade mesmo, um desânimo. Não sei. O Atlético Mogi perdeu de oito e ninguém está falando nada, o Brasil perdeu de sete da Alemanha e ninguém falou nada", completou.

Giron também disse que pediu que a investigação fosse ampliada aos árbitros:

"Não é normal quatro pênaltis em um jogo. A dúvida sempre vem em cima dos atletas, mas essa arbitragem da Bezinha é horrível".

Na última segunda-feira, a FPF informou, em nota, que havia encaminhado as suspeitas para a Comissão de Integridade.

*Com informações do GE

Catanduva x Andradina, pela quarta divisão paulista — Foto: Fran Zanini/Catanduva FC


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