COMBUSTÍVEL

Petrobras reduz preço da gasolina pela 2ª vez em menos de 10 dias

Petrobras reduz preço da gasolina pela 2ª vez em menos de 10 dias

Valor nas refinarias ficará 3,88% menor a partir desta sexta-feira; decisão leva em conta a política de paridade de preço, com a estabilização petróleo

Valor nas refinarias ficará 3,88% menor a partir desta sexta-feira; decisão leva em conta a política de paridade de preço, com a estabilização petróleo

Publicada há 1 ano

Petrobras reduz preço da gasolina pela 2ª vez em menos de 10 dias

Petrobras havia reduzido valor da gasolina no último dia 20 - Foto: Reprodução

Da Redação/Veja

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 28, uma nova redução no preço da gasolina. A partir de sexta-feira 29, o preço dos produtos na refinaria ficará 15 centavos mais barato. O litro passa de 3,86 reais para 3,71 reais, uma redução de 3,88%. Esta é a segunda queda no preço da gasolina em menos de dez dias, já que no dia 20 o combustível caiu 4,92%. Assim como no anúncio anterior, não há alteração no valor do diesel.

A queda dos preços da gasolina acompanha o movimento do barril de petróleo no mercado internacional, devido à política de paridade de preço internacional — o PPI –, tão criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) quando a política de preços resultava em combustível mais caro. Negociado na casa dos 106 dólares nesta quinta-feira, o barril de petróleo chegou a ser cotado a 140 dólares este ano, no início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Apesar da guerra entre os dois países do Leste Europeu ainda continuar, o risco de recessão global e a desaceleração de grandes economias (como a queda do PIB dos EUA) fizeram diminuir a demanda por petróleo. Além do valor do barril, a política de preços também leva em consideração a cotação do dólar. “Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras”, afirma o comunicado da petroleira.

A nova queda nas refinarias pode influenciar ainda mais a desaceleração da inflação. Na prévia de julho, a inflação ficou em 0,13%, puxada principalmente pela queda do preço da gasolina ocasionada pela redução do ICMS nos estados. O índice de preços não pegou a variação com a queda dos preços nas refinarias. Como o grupo de transportes é o que tem mais peso no IPCA, a redução dos combustíveis influencia a desaceleração do indicador. A redução da inflação e o impacto dela na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua busca pela reeleição, motivaram a articulação do projeto do ICMS e as seguidas trocas no comando da estatal.

Esse é o segundo reajuste no preço dos combustíveis desde que Caio Mario Paes de Andrade assumiu a presidência da estatal — e o segundo para baixo. Paes de Andrade, ex-secretário do Ministério da Economia e próximo a Paulo Guedes, é o terceiro presidente da Petrobras no ano (e o quarto durante o mandato de Bolsonaro). Assim como na decisão passada, tomada pela diretoria executiva da petroleira, o anúncio vem com um recado com um tom apaziguador entre a estatal e o desejado pelo Planalto. Em nota, a empresa afirma que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Preços

Vale lembrar que a política de paridade de preço está em vigor desde 2016. Em reunião na última quarta-feira, 27, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu manter sob responsabilidade da diretoria executiva da estatal as decisões sobre a política de preços de combustíveis. Havia uma possibilidade de alteração no processo, que poderia passar a ser definido pelo próprio corpo de conselheiros. A cada três meses, no entanto, a diretoria deve reportar ao conselho “a evolução dos preços praticados” e a participação da Petrobras no mercado. A decisão vale para o diesel, a gasolina e o gás de cozinha.


Fonte: veja.abril.com.br

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