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Cresce número de consumidores em situação financeira pior que no ano passado, diz pesquisa da Boa Vista  

Cresce número de consumidores em situação financeira pior que no ano passado, diz pesquisa da Boa Vista  

O estudo constatou que 45% tiveram a percepção de piora no 1º semestre de 2022; maioria segue com mais de 50% da renda comprometida com dívidas

O estudo constatou que 45% tiveram a percepção de piora no 1º semestre de 2022; maioria segue com mais de 50% da renda comprometida com dívidas

Publicada há 1 ano

Consumidores estão em situação financeira pior que no ano passado -  Imirante.com - AMP

Da Redação

No primeiro semestre de 2022, 45% dos consumidores brasileiros viram a situação financeira pior do que no ano passado, segundo a Pesquisa Perfil do Consumidor realizada pela Boa Vista semestralmente. No semestre anterior, 39% tinham a mesma percepção. Outros 26% acreditam que a situação segue igual (contra 28% no semestre anterior), enquanto os 29% restantes creem que a situação financeira está melhor em 2022 (vs 33% no segundo semestre de 2021). A pesquisa ouviu mais de 1.500 consumidores de todo o Brasil.

A Boa Vista também questionou os consumidores sobre o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas, atrasadas ou não. 58% tiveram mais de 50% de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. No semestre anterior, eram 57% os consumidores na mesma situação. 26% dos consumidores afirmaram ter comprometido entre 25% e 50% da renda (vs 29% no semestre anterior), enquanto os 16% restantes comprometeram até 25% (estes foram 14% no semestre anterior).

No primeiro semestre de 2022, 71% dos entrevistados afirmaram que pagar as contas em dia estava difícil, contra 70% no semestre anterior. "Mesmo com a taxa de desemprego em queda, outros fatores pesam sobre o orçamento dos consumidores: o comprometimento da renda continua sendo alto, assim como a inflação e os juros. A taxa de inadimplência das famílias está numa tendência de alta desde o final do ano passado e em 2022 essa tendência ganhou um pouco mais de força. Outros fatores, como a liberação do FGTS e o aumento do Auxílio-Brasil, junto da melhora dos números no mercado de trabalho, podem até suavizar esse movimento de alta, mas não devem ser suficientes para revertê-lo", comenta Flavio Calife, economista da Boa Vista.

Consumidores seguem endividados

O nível de endividamento do consumidor, por sua vez, segue nos mesmos níveis, com 97% dos entrevistados se considerando endividados no primeiro semestre de 2022, mesmo número do segundo semestre de 2021. 40% afirmaram que a quantidade de dívidas aumentou. No semestre anterior, 33% tinham essa percepção. 28% dizem que o número de dívidas seguiu igual, contra 24% no segundo semestre de 2021. Por fim, 32% disseram que o número de dívidas diminuiu. Estes eram 43% na última pesquisa.

Já em relação às expectativas sobre a situação financeira para 2023, 90% dos consumidores disseram esperar melhora em relação às finanças pessoais. No semestre anterior, estes eram 88%. 6% opinaram esperar por uma situação igual, e 4% por uma piora.

Outro dado da pesquisa apontou que as cinco principais despesas mais comuns entre os consumidores são, nessa ordem: cartão de crédito, contas de serviços básicos como água e luz; contas de TV a cabo, internet e telefone fixo; contas de telefone celular e, praticamente empatados, empréstimo pessoal/cartão de loja e aluguel/condomínio.

Após o pagamento das dívidas atuais, 25% dos entrevistados afirmam que pretender realizar novas aquisições. Entre elas, gastos com alimentação (20%), compra de terreno/casa própria (18%), materiais de construção (16%) e automóvel/moto (15%). 

Quando questionados sobre quais contas deixariam de pagar primeiro em caso de diminuição na renda, 49% dos consumidores disseram que renegociariam os financiamentos assumidos por meio de carnês e boletos. Em segundo lugar, os compromissos assumidos por meio do cartão de crédito, com 37%. Por fim, 14% deixariam de pagar empréstimos e dívidas de cheque especial.

61% dos consumidores disseram à pesquisa da Boa Vista que ao contratar um empréstimo para quitar uma dívida, levariam em conta principalmente o valor das parcelas. 33% dariam mais peso às taxas de juros, enquanto 6% se preocupariam mais com o prazo de pagamento.

Boa Vista & Acordo Certo

O consumidor pode consultar gratuitamente a situação do seu CPF e se tem alguma dívida em atraso registrada no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), administrado pela Boa Vista, por meio do site www.consumidorpositivo.com.br. Nele, identificar, de forma simples rápida e segura, se tem alguma dívida em aberto, o valor atualizado do débito e para quem deve. Neste mesmo ambiente, é orientado a acessar a plataforma da Acordo Certo, empresa que também pertence à Boa Vista, e na qual pode renegociar sua dívida de forma 100% on-line. Para isso precisar fazer um cadastro e, caso a dívida existente seja com uma das empresas parceiras da Acordo Certo, selecionar a forma de pagamento que melhor se encaixa no bolso. 

Metodologia

Mis de 1.500 pessoas, em todo o Brasil, responderam à pesquisa Perfil do Consumidor, da Boa Vista, por meio de questionário eletrônico, ao longo do primeiro semestre de 2022. Os resultados consideram 3% de margem de erro e 95% de grau de confiança.

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