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13º salário: saiba como aproveitar o benefício para quitar dívidas e não acumular novas

13º salário: saiba como aproveitar o benefício para quitar dívidas e não acumular novas

Educadora financeira Aline Soaper explica o que priorizar na hora de usar as duas parcelas do salário extra do final do ano

Educadora financeira Aline Soaper explica o que priorizar na hora de usar as duas parcelas do salário extra do final do ano

Publicada há 1 ano

Da Redação

O 13º salário é um direito de todos os trabalhadores sob o regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A primeira parcela foi paga no último dia 30 de novembro e a segunda deve ser paga até o dia 20 de dezembro. No entanto, com tantos brasileiros endividados, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 79,3% das famílias brasileiras estão endividadas e 30% inadimplentes, e o que fazer e o que não fazer com esse o dinheiro extra? A educadora financeira Aline Soaper ressalta que 13º salário não é um presente, tendo em vista que as pessoas que recebem esse benefício trabalharam o ano todo pra conquistar esse direito, então ele deve ser usado de maneira consciente para quitar dívidas e não acumular novos compromissos financeiros para 2023.

"Para os trabalhadores que vão receber o 13º salário é importante fazer um levantamento do que a pessoa tem de despesas. Se vai precisar desse dinheiro para quitar uma conta que está atrasada ou para diminuir uma parcela que não conseguiu pagar ainda. Se a pessoa já começou a gastar a primeira parcela do 13º, ou começou a gastar mesmo antes de receber, não haverá flexibilidade para fazer um planejamento com esse dinheiro extra. Então a regra do que fazer é: sentar, pegar as contas de casa mesmo, colocar no papel e direcionar esse valor para pagar as dívidas e contas atrasadas, se esse for o seu caso. Por que o ideal é começar 2023 sem fazer novas dívidas e com o máximo de dívidas possíveis quitadas", explica Aline Soaper.

A educadora financeira ressalta ainda que o 13º salário não é para complementar o salário dos meses de novembro e dezembro. Isso porque, segundo Aline Soaper, se ele for usado com esse intuito, o dinheiro irá sumir no meio do orçamento mensal e as famílias não vão conseguir saber o que fazer com esse valor. "O importante é verificar como está minha vida financeira, quais as dívidas e as necessidades urgentes. Se a pessoa não tem essas dívidas então pode pensar em direcionar o valor para melhorar alguma coisa em casa, fazer uma reforma ou comprar um eletrodoméstico. O primordial é decidir o que fazer com aquele orçamento extra, e não achar que esse dinheiro faz parte do salário do mês", esclarece Soaper, que ainda explica que depois desse planejamento, do que vai ser feito com o valor do 13º salário, o ideal é deixa numa conta reserva ou em uma poupança, para que não se mexa no dinheiro.

Aline Soaper explica que se o valor do 13º salário for usado para pagar dívidas as prioridades devem ser, por exemplo: conta de luz e água atrasadas, parcelas vencidas do condomínio, mensalidades atrasadas da escola dos (as) filhos (as) e todas aquelas contas básicas. Todas essas entram na lista de prioridade. Segundo a educadora financeira em seguida vem as contas de consumo, que estão acumuladas no cartão de crédito - que tem os juros muito altos, e o cheque especial. Por último, se sobrar algum valor, aí sim, em terceiro lugar, vem o planejamento para comprar algo.

"Quando se trata de dívidas, vale procurar os feirões com promoções para quitação de dívida, que oferecem até 90% de descontos. Além disso, se sobrar uma grana no planejamento, também é uma boa opção já pensar nas contas fixas do início do ano, como IPTU, IPVA, matrícula da escola dos filhos, entre outras. E temos que pensar também que em dezembro tem as festividades, então outra sugestão é, por exemplo, separa 50% do dinheiro do 13º salário para pagar dívidas, 30% para comprar itens da ceia de Natal e Ano Novo, um presente ou para comprar roupas e calçados. O que não dá, é gastar aleatoriamente esse dinheiro extra. Ou seja, comprar coisas que você não precisa, apenas por impulso. O que ressalto é que dá para usar esse dinheiro conscientemente. E não precisa de um super aplicativo ou uma fórmula complexa. Basta sentar, até com a família mesmo, com uma caneta e papel e anotar tudo para se planejar", finaliza Aline Soaper.

Sobre Aline Soaper:

Fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc), Aline Soaper é formada em Direito, com pós-graduação em Direção e Orientação Educacional. Há sete anos, a carioca atua como educadora financeira e formadora de outros especialistas nesta área. Empreendedora desde os 17 anos de idade, Aline era proprietária de uma escola de Educação Infantil, no Rio de Janeiro, em que atendia cerca de 150 alunos e gerenciava uma equipe de 45 pessoas. Ao perceber a dificuldade dos pais em pagar as mensalidades devido aos problemas financeiros, Aline decidiu mudar de vida e se especializar no ramo de finanças pessoais. No ano de 2015, iniciou sua atuação como educadora, oferecendo atendimentos individuais, palestras, treinamentos e cursos para o público-final (empresários, analistas etc). No final de 2018, criou o Efinc, que hoje forma educadores financeiros e consultores de negócios pelo Brasil e o mundo.

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