DIA DA MULHER

No Dia da Mulher, passeata lembra feminicídio contra jovem de 17 anos na região

No Dia da Mulher, passeata lembra feminicídio contra jovem de 17 anos na região

Morta pelo ex-marido de 22 anos, corpo foi encontrado em córrego

Morta pelo ex-marido de 22 anos, corpo foi encontrado em córrego

Publicada há 1 mês

Passeata mobilizou integrantes de instituições e populares. No detalhe, a homenageada Heloísa. Fotos: Reproduções / Redes Sociais

Da Redação

Nesta sexta-feira, 08/03/2024, populares e integrantes de instituições da cidade de Santa Albertina promoveram uma passeata para marcar a data e relembrar o feminicídio ocorrido recentemente que teve como vítima fatal a jovem Heloísa Alves Nogueira Gefri, de 17 anos.

A ação percorreu as principais vias da cidade, com apresentação de cartazes e pedidos de justiça contra o acusado pelo ato, o seu ex-marido, de 22 anos, que está preso.

O crime

Por: Karol Granchi / SBT Interior

Relembre o crime ocorrido na madrugada de 10 de fevereiro em Reportagem publicada no Extra.net:

A Polícia Civil de Jales (SP) investiga o feminicídio de uma adolescente de 17 anos encontrada na madrugada deste sábado (10), submersa em um córrego localizado em uma estrada de terra que liga Santa Albertina a Mesópolis.

O córrego fica abaixo de um barranco de aproximadamente três metros de profundidade, no quilômetro cinco da estrada de terra SAT-230. No local estão sendo realizadas obras de construção para uma nova ponte.

De acordo com o boletim de ocorrência, Heloísa Alves Nogueira Gefri estava aos cuidados dos tios enquanto sua mãe viajava. Na manhã da última sexta-feira (9), ela saiu para trabalhar em um açougue e recusou a carona oferecida pelo tio. Após o expediente, a adolescente não retornou para casa.

Preocupados, os tios de Heloísa ligaram para os patrões da jovem, que disseram que ela não apareceu para trabalhar. No entanto, testemunhas disseram que viram a jovem dentro de um Ford/Pampa amarelo acompanhada do “ex-marido”, de 23 anos, em uma estrada de terra isolada da cidade.

Os tios de Heloísa ligaram no Plantão Policial de Jales, informaram o caso e foram orientados a registrar um boletim de ocorrência. Após o registro, os policiais se deslocaram até a casa do suspeito, que disse que havia terminado um relacionado com Heloísa há três meses, mas afirmou que os dois ficavam às vezes e que naquele dia havia tido relações sexuais com ela.

Enquanto faziam as buscas, os policiais receberam informações de outra testemunha reafirmando que viu Heloísa dentro da Pampa com o ex, na estrada de terra.

A equipe se deslocou até o local e iniciou as buscas pela mata até encontrar o corpo da vítima submerso no rio.

A Polícia Civil de Jales e o delegado plantonista foram acionados no local. Uma perícia foi feita na área e o corpo da jovem foi retirado do córrego e encaminhado para exame necroscópico no Instituto Médico Legal (IML). O laudo deverá apontar as causas da morte. 

Por volta das 2h, os investigadores voltaram até a casa do suspeito e o encontraram dormindo. Ele foi detido e encaminhado para a Central de Flagrante de Jales. Lá, ele foi questionado onde estava o celular da vítima; o jovem reafirmou que teve relações sexuais com ela na mesma data, mas disse não saber de mais nada.

Neste momento, ainda de acordo com o boletim de ocorrência, um dos investigadores ligou para o delegado que ainda estava no córrego. Depois, pediu para o suspeito ligar para o delegado, quando ele disparou: “Mas ele está em casa ou lá onde ela está?”, deixando em evidência que ele sabia onde o corpo de Heloísa estava.

O investigador perguntou se ele havia matado a vítima e, apesar de não responder, o jovem teria percebido que sua pergunta indicava uma afirmação.

Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio e ficou preso na delegacia de Jales, à disposição da Justiça

O corpo da jovem Heloísa Gefri foi encontrada em um córrego. Foto: Reprodução / Redes Sociais

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