DENÚNCIA

Munícipe quer a cassação de Pussoli por suposto favorecimento

Munícipe quer a cassação de Pussoli por suposto favorecimento

Ex-candidato a vereador, Rico do PT protocolou a denúncia nesta terça (10) sugerindo que vereador esteja sendo beneficiado pela Prefeitura em troca de apoio na Câmara Municipal

Ex-candidato a vereador, Rico do PT protocolou a denúncia nesta terça (10) sugerindo que vereador esteja sendo beneficiado pela Prefeitura em troca de apoio na Câmara Municipal

Publicada há 8 anos

Por Jorge Pontes


Um dos responsáveis pela denúncia que culminou na “CP da Merenda”, Luis Henrique da Silva, popularmente conhecido como “Rico do PT”, agora mirou o vereador Arnaldo Pussoli (PROS). Nesta terça-feira (10), o munícipe protocolou na Câmara Municipal uma denúncia de um possível favorecimento indevido do vereador pela Prefeitura, pedindo ao Conselho de Ética seu afastamento imediato das suas funções como membro da CP, a perca de seu mandato eletivo e perda das funções no quadro de servidores municipais por fraude e ainda ressarcimento dos cofres públicos, por um possível ato de improbidade administrativa.


No documento, Rico acusa o vereador de estar se beneficiando indevidamente pela Prefeitura graças a um remanejamento de cargo, mesmo sem nenhuma remuneração extra. Concursado como motorista, Pussoli estaria, segundo o denunciante, em um cargo mais cômodo, na solicitação de compras de produtos e medicamentos, e na comissão de recebimento voltado ao almoxarifado da Secretaria Municipal da Saúde. O denunciante embasa sua acusação em depoimentos de testemunhas ligadas à pasta e assinaturas do vereador como solicitante dos medicamentos e produtos adquiridos pelo setor mencionado.

“Tal cargo, vantajoso, retirou o servidor das ruas, avenidas, estradas municipais, rodovias estaduais e federais, eventualmente transportando pacientes, doentes ou até mesmo, na qualidade de entregar de encomendas e documentos. Evitou-se ainda que o funcionário Arnaldo Luis Pussoli, trabalhasse fora de horário comercial e em ocasiões extraordinárias, como deslocamento a outros municípios distantes como a capital paulista (São Paulo) e no Distrito Federal (Brasília). Evitou ainda o desgaste humano, proporcionando uma vida mais agradável e satisfatória no seio familiar, já que o trabalho original foi evitado pela atual administração. Tais benefícios deveriam ter sido descartados pelo vereador, mostrando sua transparência, honestidade e imparcialidade na administração pública”, relatou o denunciante, afirmando que o vereador estaria recebendo tais vantagens da Prefeitura em troca do apoio na Câmara Municipal, tendo inclusive, saído do PT, rompido com a base aliada da prefeita Ana Bim e se filiado ao PROS, partido do vice-prefeito José Carlos Zambon.


O munícipe contesta ainda que “não há lógica, dentro da municipalidade a autorização de tantos poderes para um motorista que ocupa, em tese, um ‘cargo fantasma’, ser um dos responsáveis pelo almoxarifado da Saúde e receber diversos pedidos de compra de medicamentos e ainda  conferir tais produtos no ato da entrega”.


Se por um lado o vereador vem ganhando regalias com a função desviada, por outro vem lesando outros funcionários que têm de trabalhar dobrado na função de motorista. O denunciante alerta que “a municipalidade vem sofrendo com a falta de material humano, principalmente no cargo que o vereador deixou de ocupar. É de conhecimento público que a falta motorista na Prefeitura de Fernandópolis, vem fazendo com os demais ‘colegas’ do vereador/servidor sejam penalizados com excesso de trabalho e uma rotina exaustiva desempenhada para atender os anseio das população de Fernandópolis, bem como, as necessidades administrativas exigida pelos demais  setores da Prefeitura de Fernandópolis”.


Rico do PT protocolou o documento nesta terça-feira (10) na Câmara Municipal



SUPERFATURAMENTO?

Na denúncia, Luís Henrique da Silva ainda afirma haver indícios de um superfaturamento na compra de baterias de 150 ampers, adquiridas por um valor quase dobrado. Além deste exemplo, Rico também relata que há irregularidades em todas as compras do setor, tendo a conivência de outros funcionários da Prefeitura citados por ele no documento.


A denúncia encaminhada ao Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fernandópolis deverá ser analisada ainda esta semana. Rico do PT ainda protocolou um requerimento solicitando o uso da Tribuna Livre para discorrer sobre os motivos que o levaram a fazer tal denúncia.


Procurado pela Reportagem de “O Extra.net”, o vereador disse que há muitas informações distorcidas na denúncia e que não condizem coma  realidade. No entanto, ele disse que vai aguardar o Conselho de Ética lhe comunicar primeiro para depois se posicionar, já com a defesa de um advogado.

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