SEM PAPAS NA L

Pussoli rasga o verbo na tribuna: “um covarde e uma marionete”

Pussoli rasga o verbo na tribuna: “um covarde e uma marionete”

Publicada há 7 anos

Por Jorge Pontes


Inscrito no “tema livre” na sessão ordinária desta terça-feira (17), o vereador Arnaldo Pussoli nem precisou utilizar seus 15 minutos regimentais para desabafar sobre a denuncia feita contra si de favorecimento na Prefeitura em troca de apoio à prefeita Ana Bim na Câmara Municipal. Relembre o caso  


 Sem papas na língua, Arnaldo Pussoli deu “nomes aos bois” e citou cada um que, segundo ele, tramaram para prejudicá-lo. Após um intervalo pedido pelo presidente da Casa, André Pessuto, o conselho de ética comunicou Pussoli do recebimento da denuncia. Em seguida, o vereador denunciado foi à tribuna se explicar e rasgou o verbo.

Vereador apontou que estão tentando lhe prejudicar como forma de revidar sua denuncia ao MP contra jornalista que teria pressionado-o para votar contra CPI da Merenda



 “Não recebi e nem recebo qualquer vantagem para fazer o que faço. Recebo meu salário para o cargo de motorista. Não é vantagem estar exercendo funções junto ao administrativo, até porque, motorista não tem que, necessariamente, dirigir ambulância e ônibus, tem vários tipos de veículos que trafegam no município, internamente, levando documentos, enfermeiras, notas no setor de compras. Tudo será esclarecido na defesa que farei no Conselho de Ética”, explicou Pussoli.

 Sem esconder o nome de ninguém ele pontuou cada um dos três indivíduos que ele rotula como responsáveis pela denúncia que tem objetivo de cassar seu mandato, dentre outros prejuízos. “Não posso esquecer que essa denúncia é feita com base em documentos requeridos pelo vereador Rogério Chamel, requerimento 128 e 28. Referente ao denunciante, tenho que dizer que é uma marionete, pois se colocar na frente de um computador, tenho minhas dúvidas se ele consegue ao menos ligá-lo, tenho minhas dúvidas se ele sabe redigir um texto, uma peça processual. Agora quem se esconde por trás dele é um covarde. Não tem coragem de mostrar a cara e usa as pessoas de pouca inteligência para fazer o que tem vontade. É um manipulador nato. Tudo decorreu que denunciei o senhor Luciano Donadelli ao MP – Ministério Público, pelo fato de prestar serviço à Câmara. Fez pressão para que eu votasse contra a CPI da Merenda. Não acredito que uma pessoa desta presta serviço para esta Casa. Uma pessoa que pressiona vereadores para interesse particular. Mais absurdo é manter essa pessoa aqui, com uma empresa condenada por improbidade administrativa” disse Arnaldo Pussoli enfurecido.

 Pelo fato de ter citado a empresa do jornalista Luciano Donadelli, como irregular junto ao MP, o presidente André Pessuto rebateu o vereador com firmeza em tom de repreensão. “Não foi contratada nenhuma empresa irregular. Essa presidência tem a honradez e honestidade de contratar empresas sérias”, disse Pessuto, que sem eguida convidou o assessor jurídico da Câmara, Tales Zaine para explicar melhor o fato da contratação da empresa de Donadelli.
 O advogado, por sua vez, contou que a empresa citada por Pussoli, a Royal Press Publicidade e Propaganda LTDA, prestou serviço na gestão do ex-prefeito Luiz Vilar e que não corresponde à atual contratada legalmente pela Câmara.

Por fim, o vereador Rogério Chamel, responsável por requerer os documentos junto à Secretaria de Saúde, que serviram de base para denunciar Pussoli, ironizou o colega parlamentar. “O vereador não deve temer. Quem não deve não teme. Todos sabemos que o senhor é motorista, vai a Barretos, Rio Preto, Votuporanga. O senhor falou que o denunciante não sabe ligar o computador. Lembro-me que o advogado da prefeita, Marlon Santana também disse isso de mim uma vez. Quem escreveu esse seu discurso também foi ele”, contou o vereador aos risos.
 Chamel ainda disse “não ter o rabo preso com nenhum prefeito”.


Quanto à denúncia por superfaturamento na compra de baterias, o vereador abriu o jogo. "Podem quebrar o sigilo fiscal da minha conta bancária e a da minha esposa para que fique claro minha vida publica e particular. Não devo nada. Ando de cabeça erguida", finalizou.


Em contato com Arnaldo Pussoli, o mesmo confirmou que deverá se manifestar nos próximos dias por meio da assessoria de imprensa da Câmara Municipal.






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