Erica C. Tazina

A importância da Fisioterapia na Síndrome de Down

A importância da Fisioterapia na Síndrome de Down

Por Erica C. Tazinaffo - Fisioterapeuta

Por Erica C. Tazinaffo - Fisioterapeuta

Publicada há 7 anos

A Síndrome de Down, também conhecida como trissomia do 21, é uma anomalia cromossômica. A Síndrome de Down (SD) é caracterizada como uma condição genética, que leva seu portador a apresentar uma série de características físicas e mentais específicas.


Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicomotor, e a hipotonia generalizada, presente desde o nascimento. A hipotonia origina-se no sistema nervoso central e afeta toda a musculatura e a parte ligamentar da criança. Com o passar do tempo, a hipotonia tende a diminuir espontaneamente, mas ela permanecerá presente por toda a vida, em graus diferentes. O tônus é uma característica individual, por isso há uma variação entre as crianças com esta síndrome. 


A criança que nasceu com Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, exceto se houver algum comprometimento além da síndrome. Quando ela começa a andar, há necessidade ainda de um trabalho específico para o equilíbrio, a postura e a coordenação de movimentos. A hipotonia muscular faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária, projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios com a boca aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que acaba alterando a forma do palato. 


Esses fatores, dentre outros, fazem com que os movimentos fiquem mal coordenados. É essencial que nesta fase, na qual há maior independência motora, a criança tenha espaço para correr e brincar e possa exercitar sua motricidade global. A brincadeira deve estar presente em qualquer proposta de trabalho infantil, pois é a partir dela que a criança explora e internaliza conceitos, sempre aliados inicialmente à movimentação do corpo.


O desenvolvimento global da criança portadora de Síndrome de Down acontece com retardo ao padrão da normalidade, no entanto a criança pode chegar a progressos consideráveis com boa estimulação do meio, facilitada por profissionais capacitados e, sobretudo, pela família com a qual convive diariamente.

O interesse que ela manifesta pelo movimento dos objetos, faz dos brinquedos um bom suporte para estimulá-la a passar de uma posição para outra. Os jogos e as brincadeiras, além de serem úteis para a aquisição da motricidade, têm grande importância para que a criança se desenvolva do ponto de vista mental e afetivo. O portador da Síndrome de Down apesar de ter características que o diferencia dos indivíduos ditos “normais”, é semelhante a estes no processo de desenvolvimento. Através de atividades com jogos e brincadeiras, a criança se envolve com o desejo de descobrir o mundo que a rodeia e de se autodescobrir, essa motivação desperta a vontade de se movimentar, tornando esses movimentos mais espontâneos, mais prazerosos e as conquistas mais evidentes.


O profissional fisioterapeuta ajuda no processo de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down em todos os aspectos, porque a criança com essa Síndrome tem que ser abordada como um todo, e isso é imprescindível para o desenvolvimento. É importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a Síndrome de Down, que seria cardiopatias graves que pode ser encontrada. Outros aspectos que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma alteração cervical, que pode vir acompanhada.


A equipe multidisciplinar que trabalha junto a portadores da Síndrome deDown compreende o neurologista, fisioterapeuta, assistente social, dentista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo.

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