Paulo Birolli apresentou-se como pré-candidato do PSDB, confirmando “revolta” de ala tucana
Por João Leonel
Paulo Birolli, ex-vice-prefeito de Fernandópolis, registrou um documento que pode mudar os rumos do PSDB na corrida eleitoral deste ano. Tal documento, protocolado nesta semana, ratifica a intenção de Birolli em ser o candidato do partido na disputa pela Prefeitura.
Além disso, expõe a insatisfação de uma ala tucana que estaria “revoltada” com os andamentos das articulações políticas envolvendo o PSDB junto ao “Grupão”, sob comando de dois políticos recém-filiados ao PP: o deputado federal Fausto Pinato e o suplente de deputado estadual, Gilmar Gimenes. Esta informação foi confirmada diretamente por Paulo Birolli na tarde de ontem (20), e também através de contato telefônico com o presidente do diretório municipal do PSDB, Carlos Cabral.
No entanto, por se tratar de um “documento interno” do partido, não foi possível, até o momento, sua publicação. Representando a ala tucana contrária ao apoio “irrestrito” do PSDB às indicações de Pinato e Gimenes na composição, principalmente, da chapa majoritária já encaminhada, com o presidente da Câmara, André Pessuto, como pré-candidato a prefeito do “Grupão”, Birolli enfatiza que “o partido tem força suficiente para, pelo menos, figurar com um nome na posição de vice-prefeito”, diferente do que se anuncia, colocando os tucanos Carlos Cabral, Maiza Rio, Rodrigo Ortunho e Flávia Resende fora deste cenário, já que o vereador, e irmão de Fausto, Gustavo Pinato, surge como um dos mais prováveis nomes a vice de Pessuto.
TIRANDO O TIME DE CAMPO?
Conforme matéria publicada ontem neste “O Extra.net” , um comunicado oficial do diretório do PSDB informou que o partido acataria as indicações de Pinato e Gimenes, mesmo ficando fora de uma ‘dobrada majoritária’ no pleito municipal. Vale ressaltar que a última vez que um tucano disputou a eleição como “cabeça de chapa”, ou seja, como candidato a prefeito, foi nas eleições de 2000, quando Newton Camargo (PMDB) deu o “troco” em Armando José Farinazzo (PSDB), se elegendo com 14.121 votos contra 13.228. “Troco” porque em 1996, Farinazzo foi eleito com 14.539 votos, derrotando exatamente Newton Camargo, que somou 10.784 votos naquela eleição.
