FRAUDE NO HC DE

Dois funcionários do HC de Jales já foram demitidos após investigação

Dois funcionários do HC de Jales já foram demitidos após investigação

Publicada há 7 anos

Por Jorge Pontes


Poucos dias após receber a comemorada notícia de que a unidade do Hospital do Câncer de Barretos, em Jales conseguira o credenciamento SUS, após uma espera de seis anos, o hospital foi pego de surpresa com uma investigação de fraude por parte de alguns funcionários. Na tarde de ontem (20), a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na unidade após receber uma denúncia de que funcionários estariam superfaturando serviços prestados ao hospital.

 Em entrevista à Rádio Regional, o delegado da Polícia Federal de Jales, Cristiano Pádua confirmou que dois funcionários já foram demitidos por justa causa. “Até o momento, dois funcionários já foram demitidos por justa causa e, em princípio, outros foram afastados para que possamos realizar a operação com mais tranquilidade identificando a participação de cada um nesse esquema”, contou.

 O delegado ainda fez questão de ressaltar que a PF segue investigando apenas alguns funcionários envolvidos, além deste já demitidos, e não a unidade jalesense em si. “O Hospital de Câncer não está sendo investigado. As investigações se restringem apenas a alguns funcionários. Tivemos, inclusive, o apoio irrestrito do diretor da Fundação Henrique Prata e de outros diretores de Barretos, que ficou ciente do trabalho e liberou o acesso a todo sistema, folha de pagamento e demais documentos de importância para o trabalho da PF”, explicou Pádua.

 Segundo o delegado, esse funcionário (diretor) autorizava o pagamento para empresas que prestavam serviços ao hospital, abertas por outros dois servidores da unidade. “O que já temos comprovado é que contratos foram firmados entre o diretor do hospital e um dos funcionários subordinados. Foi criada uma empresa de transporte, casuisticamente, para atender em tese uma necessidade do hospital de realizar transporte. Primeiro que estão no endereço da residência do funcionário em Jales, e o único cliente seria o HC. No contrato, a empresa sequer tinha veículos registrados no nome. É um documento de termo de uso, mal feito inclusive, que não passou pelo jurídico de Barretos. Um documento entre os dois e colocado na gaveta sem ao menos comunicar a direção do Hospital. Já a outra empresa criada por outro funcionário do setor de TI prestou serviço de consultoria. Mesmo sendo empregado nesta área ele prestava consultoria com essa empresa. Qualquer leigo vê que isso é, no mínimo, estranho”, disse.

A Polícia Federal segue investigando a fraude e deverá pedir o bloqueio de bens para que os R$ 500 mil desviados, identificados até aqui, sejam recuperados. Os funcionários envolvidos na fraude devem ser indiciados pelos crimes de “formação de quadrilha” e de estelionato”.

A matéria completa você confere na edição impressa de “O Extra.net” desta quinta-feira, dia 22.

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